metropoles.com

Bolsonaro exonera diretor-geral da Polícia Federal

Decisão foi publicada no DOU um dia após o ministro Sergio Moro ameaçar deixar o cargo, caso Valeixo fosse demitido

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
DENNIS FERREIRA NETO / ESTADÃO CONTEÚDO
EX diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo
1 de 1 EX diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo - Foto: DENNIS FERREIRA NETO / ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) exonerou o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (24/04). O substituto não foi indicado na publicação. A expectativa é de que o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, deixe o cargo. Ele fará um pronunciamento às 11h.

A exoneração, que no DOU está a pedido, saiu um dia depois de Sergio Moro ameaçar pedir demissão, caso o diretor da PF fosse tirado do cargo. Valeixo foi indicado para a direção da PF pelo ex-juiz. O ministro não assinou a exoneração, embora seu nome conste no Diário Oficial da União, o que seria uma mera formalidade. Portanto, teria sido surpreendido com a medida publicada na madrugada desta sexta, o que o deixou bastante irritado, segundo fontes do ministério.

Para comandar a Polícia Federal, Bolsonaro quer uma pessoa mais próxima a ele. Fontes com trânsito no governo confirmaram ao Metrópoles que um dos mais cotados para essa posição é o delegado Alexandre Ramagem, que é da PF, mas atualmente ocupa a direção-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Conselheiros de Bolsonaro da área militar veem com bons olhos o nome de Ramagem, apesar de ressaltarem o conflito que isso causaria com Moro, por ser uma imposição do presidente. Ele chefiou a segurança de Bolsonaro no período de campanha.

O diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Fabiano Bordignon, também foi sondado para o cargo, nessa quinta-feira (23/04). Ele está no órgão desde que o ministro assumiu o cargo. O policial se destaca por ter ampla experiência no sistema carcerário, na cooperação internacional e no combate às facções criminosas. Ele também é conhecido por ser um homem de diálogo. Antes de assumir o Depen, Bordignon era diretor-geral da superintendência da PF em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Outro nome que vem sendo estudado, e tem o aval dos filhos do presidente, é o do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Gustavo Torres, que também é delegado da PF. Torres, inclusive, se reuniu com Bolsonaro algumas vezes nesta semana.

A saída de Valeixo era cogitada desde o ano passado, quando Bolsonaro quis interferir na gestão da superintendência da PF no Rio de Janeiro. O então diretor-geral da PF ameaçou deixar o cargo à época defendendo a autonomia da Polícia Federal.

Na ocasião, Bolsonaro chegou a ter uma reunião com o ministro Sergio Moro para tratar do assunto. À imprensa, o chefe do Executivo nacional deixou o recado: “Quem manda sou eu”.

Em transmissão ao vivo nas redes sociais na noite dessa quinta-feira, Bolsonaro ignorou a possível saída do ministro da Justiça e Segurança do governo. Pouco antes, durante coletiva no Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Braga Netto, desmentiu a provável demissão de Moro.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?