1 de 1 Bolsonaro durante cerimônia do "Brasil para Todos" no Planalto. Ele leva a mão ao queixo, olhando para frente - Metrópoles
- Foto: Igo Estrela/Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou nesta segunda-feira (21/2) que concederá reajuste salarial para a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Durante cerimônia no Palácio do Planalto para anunciar ferramentas voltadas para os direitos humanos, o chefe do Executivo federal exaltou agentes da corporação, que participaram do evento.
Em sua fala, o presidente disse que a importância da PRF reflete o “valor” e o “apreço” que a corporação merece da sociedade.
“E nós temos que valorizar esses profissionais. Eu espero que a sociedade entenda que isso deve ser feito. Vivemos um momento difícil com a pandemia, lamentamos todas as mortes, mas também sofremos um baque na economia. E algumas categorias, ou melhor, todas as categorias, merecem ser valorizadas”, afirmou Bolsonaro.
“E o que nós procuramos fazer? Quem a gente puder salvar na frente, a gente salva. E espera a compreensão das demais categorias, dos demais servidores do Brasil. O que nós queremos é reconhecer o trabalho de todos e a nossa PRF está incluída nesse rol que merece esse reconhecimento”, prosseguiu.
Ao sancionar o Orçamento, em janeiro, o presidente reservou R$ 1,7 bilhão para reajustes dos funcionários da União, mas não definiu as categorias que seriam beneficiadas.
A ideia inicial do governo era direcionar os recursos para agentes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
A equipe econômica era contra a medida e argumentava que a concessão de reajuste poderia gerar pressões de outros setores do funcionalismo.
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O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planos
Hugo Barreto/Metrópoles
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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente
Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022
Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
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No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
Matheus Veloso/Especial Metrópoles
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Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto
Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores
Morsa Images/ Getty Images
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Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, no dia 18 de janeiro, protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflação
MmeEmil / Getty Images
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Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajuste
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajuste
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assunto
Fábio Vieira/Metrópoles
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