Bolsonaro escala as Forças Armadas para ajudar na vacinação
Após criticar a produção de imunizantes, Bolsonaro diz que está combatendo o vírus com vacinação
atualizado
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Em visita à Casa de Maria Beth Myriam, no Itapoã, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que está combatendo a Covid-19 com vacinação. Ao lado do ministro da Defesa, Braga Netto, o presidente também colocou as Forças Armadas à disposição para ajudar a vacinar. “Praticamente todos os quartéis do Brasil têm essa condição”, justificou.
Bolsonaro enalteceu a campanha de imunização contra o coronavírus no país e disse que “estamos em quinto lugar”. Na contramão de suas ações e declarações que desencorajam a vacinação, ele afirmou que comprou imunizantes no ano passado.
“Não tinha tantas disponíveis assim, mas o que se oferecia pra gente, o contrato não era possível de se assinar naquela forma. E não tinha aprovação da Anvisa”, disse.
“Nós sempre falamos, entre o governo federal, o presidente, e a vacina, existe a Anvisa no meio do caminho. Nós temos que ter responsabilidade para vacinar o nosso povo e assim estamos trabalhando”, acrescentou.
No ano passado, Bolsonaro recusou por mais de três vezes a oferta de compra de vacinas. Em agosto, houve uma oferta da Pfizer, de 70 milhões de doses, com previsão de entrega de 20% do total ainda em 2020.
Em outubro, ele afirmou que não compraria a Coronavac, que hoje é o principal imunizante em distribuição no país. “A da China nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela transmita segurança suficiente para a população. Já existe um descrédito muito grande por parte da população, até porque, como muitos dizem, esse vírus teria nascido por lá.”
Na live deste sábado (3/4), Bolsonaro destacou que pelo segundo dia consecutivo o país vacinou um milhão de pessoas por dia. “E esse número tende a crescer”, ressaltou.