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Bolsonaro elogia CFM por manter parecer do tratamento precoce da Covid-19

Conselho de Medicina afirmou que não haverá mudança no documento que dá autonomia para receitar remédios sem eficácia contra a Covid-19

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Marcos Corrêa/PR
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1 de 1 50876955273_0dba7988fc_c - Foto: Marcos Corrêa/PR

Em videoconferência com investidores nesta terça-feira (26/1), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender o chamado tratamento precoce contra a Covid-19, apesar da ausência de comprovação científica da administração de medicamentos no tratamento da doença.

Segundo ele, o Conselho Federal de Medicina (CFM) exalta a independência do médico e do paciente na prescrição de medicamentos, como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina, contra o novo coronavírus.

“Quero cumprimentar o Conselho Federal de Medicina, que fez publicar no dia de hoje em muitos jornais uma matéria onde ele praticamente apela para que respeitem o médico. O médico e o paciente têm que ser respeitados. Quem decide o tratamento precoce de uma pessoa infectada — já que não temos o medicamento ainda comprovado cientificamente — é o médico. O médico pode, na ponta da linha, decidir em comum acordo com o paciente o que vai receitar”, disse.

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Presidente Jair Bolsonaro em videoconferência com Credit Suisse.
Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e presidente Jair Bolsonaro.
Presidente Jair Bolsonaro e ministros em videoconferência com Credit Suisse.
Presidente Jair Bolsonaro e ministro da Economia, Paulo Guedes.
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Na segunda-feira (25/1), o presidente do CFM, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, publicou artigo no jornal Folha de S.Paulo no qual afirma existir uma politização em torno do tratamento precoce com hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina. Segundo o artigo, não haverá mudança no parecer do conselho que dá autonomia médica sobre esse tratamento.

O parecer em questão foi publicado em meados de 2020, depois que o CFM deliberou que é decisão do médico assistente realizar o tratamento que julgar adequado, desde que com a concordância do paciente infectado. O parecer observa que o médico deverá comunicar ao paciente que não existe benefício comprovado no tratamento farmacológico da Covid-19 e obter o consentimento livre e esclarecido.

Laudos questionados

Bolsonaro também questionou a veracidade dos laudos que atestam mortes por Covid-19 no Brasil para embasar uma declaração sobre a posição do Brasil em mortos por milhão de habitantes.

“Há poucos meses, nós éramos o quarto país em mortes por milhão de habitantes. Hoje, somos o 26º. Alguma coisa aconteceu. Até que pesem muitos laudos, que são forçados, dados como se Covid-19 fossem. Na verdade, nós sabemos que não é. Mas vamos supor que todos os laudos fossem verdadeiros. O Brasil, realmente, cada vez mais morre menos gente por milhões de habitantes”, disse o presidente.

Segundo o site Worldometer, o Brasil está na 27ª posição em mortes por milhão.

“Isso, no meu entender, é a preocupação, é o profissionalismo do médico brasileiro, que busca uma solução para esse problema. Afinal de contas, muitas doenças não teríamos achado o remédio se não fosse o tratamento off-label”, defendeu.

Bolsonaro participou nesta terça de evento sobre investimentos na América Latina promovido pelo banco Credit Suisse. Na participação por videoconferência, o presidente esteve acompanhado dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Economia, Paulo Guedes.

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