“Estou bem e me recuperando”, afirma Bolsonaro em hospital
Presidenciável publicou a mensagem em sua conta no Twitter. Ele está internado na UTI do centro médico Albert Einstein, no bairro do Morumbi
atualizado
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O candidato à Presidência da República do PSL, Jair Bolsonaro, foi transferido na manhã desta sexta-feira (7/9) para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele aterrisou na capital paulista por volta das 9h45 e chegou ao centro médico aproximadamente às 10h45, onde se encontra internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em sua conta no Twitter, o deputado federal escreveu que está bem e agradeceu o apoio.
Bolsonaro estava internado na Santa Casa de Juiz de Fora (MG), onde passou por uma cirurgia após o ataque que sofreu na quinta-feira (6), em Minas Gerais.
Agradeço do fundo do meu coração a Deus, minha esposa e filhos, que estão ao meu lado, aos médicos que cuidam de mim e que são essenciais para que eu pudesse continuar com vocês aqui na terra, e a todos pelo apoio e orações!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) September 7, 2018
Antes da avaliação médica, o deputado estadual e candidato do PSL a senador pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, já tinha confirmado o deslocamento entre as cidades. “Ele está demonstrando um certo alívio de estar vivo. A faca penetrou 12 centímetros”, declarou. Nesse momento, os principais riscos são de pneumonia e infecção.
Uma ambulância levou o deputado federal até o hangar onde estava o helicóptero Águia, da Polícia Militar de São Paulo. Após cinco minutos, ele chegou ao heliponto do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, no Morumbi, distante menos de 1km do Hospital Albert Eistein.
Eunice Dantas, diretora médica e técnica da Santa Casa de Misericórdia, afirmou que o presidenciável recebeu quatro bolsas de transfusão e saiu do hospital “estável hemodinamicamente”. “Por isso foi possível a transferência. A recuperação dele de alta hospitalar é de 7 a dez dias”, afirmou.
“Dor insuportável”
Em um vídeo gravado pelo senador Magno Malta (PR/ES), o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) fala, pela primeira vez, do ataque que sofreu nessa quinta-feira (6), durante campanha em Juiz de Fora (MG). Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia, o candidato disse que a dor que sentiu da facada foi “insuportável”.
Paraquedistas
Um grupo de 25 apoiadores do Rio de Janeiro — todos serviram com Bolsonaro — estiveram na Santa Casa de Misericórdia. São paraquedistas e vieram do Rio para “restabelecer a democracia”, segundo eles. A movimentação é grande na Santa Casa. Na Avenida Rio Branco, onde fica o hospital, carros do Exército e da Polícia Militar dividem o cenário com estudantes que se preparam para o desfile de Sete de Setembro.
O ataque
Líder das pesquisas de intenção de voto à Presidência da República, Jair Bolsonaro cumpria agenda em Juiz de Fora quando foi atacado. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o deputado federal sendo carregado por apoiadores após ser atingido na região do abdômen. Nas imagens, Bolsonaro aparece com as mãos na barriga. O fato foi confirmado pelos filhos do parlamentar, na internet, e também pela polícia local.
Candidato a senador pelo Rio de Janeiro e filho do presidenciável, Flávio Bolsonaro comentou o episódio. “Jair sofreu um atentado agora em Juiz de Fora, uma estocada com faca na região do abdômen. Graças a Deus, foi apenas superficial e ele passa bem. Peço que intensifiquem as orações por nós”, escreveu. Mais tarde, a família soube que, na verdade, a facada havia perfurado órgãos e rompido uma artéria.
No vídeo, é possível ver que o agressor é contido por populares logo depois de atingir o presidenciável. A Polícia Federal confirmou que deteve o homem e vai abrir inquérito para apurar as circunstâncias do fato. Em nota, a PF informou que o parlamentar contava com a escolta de policiais federais quando foi atacado. A Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, por sua vez, relatou que o agressor, Adélio Bispo de Oliveira, já tinha passagem por lesão corporal.
Em seus compromissos, Bolsonaro tem sido acompanhado por uma equipe da Polícia Federal. Por lei, candidatos à Presidência da República têm direito a serem escoltados durante o período eleitoral. Em agenda no interior de São Paulo, ele chegou a utilizar colete à prova de balas. No momento do ataque, ele não estava usando o item de proteção.