Bolsonaro e Michelle farão caravanas pelo Brasil, diz Valdemar
De olho nas eleições municipais de 2024, Valdemar da Costa Neto afirma que Jair Bolsonaro fará caravanas com a ex-primeira-dama Michelle
atualizado
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De acordo com Valdemar Costa Neto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro devem participar de caravanas pelo Brasil neste primeiro semestre. O presidente nacional do PL falou nesta quarta-feira (1º/3) sobre o esperado retorno do correligionário ao Brasil.
“Queremos que o Bolsonaro visite as nossas cidades. Nós temos observado isso aí que ele não perdeu prestígio e ele vai ser uma pessoa muito importante nas eleições municipais no ano que vem. Vocês podem ter certeza que vamos ter um crescimento de prefeitos e vereadores brutal”, disse Valdemar, ao sair de uma reunião com a bancada do PL na Câmara.
De acordo com o presidente do PL, ainda não há data para retorno de Bolsonaro, mas a previsão é que isso ocorra até abril. Antes, a expectativa era março.
“Com calma, recebendo o pessoal aqui, fazendo reunião com o pessoal, prestigiando a gente. Se ele vem numa reunião dessas e a gente deixa ele falar por último não saía nenhum deputado daqui. Ele tem prestígio”, completou Valdemar.
Neste momento, Bolsonaro está nos Estados Unidos. Ele deixou o Brasil no dia 30/12 do ano passado, pouco antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-presidente já foi alvo de críticas de aliados pela sua ausência no país. Eles alegam que falta um nome para liderar a oposição ao novo governo.
Eleições
Valdemar tenta estruturar o partido para eleger cerca de mil prefeitos no ano que vem. Para isso, precisa equilibrar as forças dentro do PL, que se divide entre bolsonaristas e deputados do chamado “centrão”. O presidente da legenda, inclusive, queria usar a reunião de bancada para promover uma “DR coletiva”, para apaziguar o clima entre correligionários.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) é uma das bolsonaristas que criticam o ex-presidente pela ida aos EUA. À Folha de São Paulo, ela expressou sua visão sobre a estadia de Bolsonaro.
“Levou aquele tempo todo [para Bolsonaro se expressar depois das eleições] e o silêncio que teve. Ele tinha que organizar a oposição, orientar a gente. Ele tinha 28 anos de Câmara. Tínhamos que mostrar nosso descontentamento até para incentivá-lo a ser a voz da oposição”, apontou a deputada federal na entrevista.
O ex-presidente, porém, avalia o retorno ao Brasil para um momento oportuno. Ele já alertou a aliados que não retornará caso tenha prisão decretada. O temor pela prisão, porém, teria diminuído após processos contra ele serem encaminhados à primeira instância, onde pode recorrer e ganhar tempo.