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Bolsonaro diz que “vísceras” foram encontradas em rio no Amazonas

Em nota, a Polícia Federal diz que “não procedem as notícias de que corpos dos desaparecidos foram encontrados”

atualizado

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jair bolsonaro nos estados unidos
1 de 1 jair bolsonaro nos estados unidos - Foto: Reprodução

Durante conversa com a imprensa na saída de um restaurante em Orlando, nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “vísceras” foram encontradas pela Polícia Federal (PF) perto do local onde as buscas pelo jornalista Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo Pereira estão sendo conduzidas.

“Apareceu no rio, boiando, partes de corpo humano, as vísceras. E já foi para fazer o DNA. A gente espera que não seja deles”, disse o presidente, segundo O Globo.

A informação ao que o chefe do Executivo se refere foi revelada pela corporação na sexta-feira (10/6). Segundo a PF, os agentes encontraram “material orgânico aparentemente humano” no rio Itacoaí, próximo ao porto de Atalaia do Norte. A região foi o último local onde o indigenista e o jornalista inglês foram vistos.

Já neste sábado (11/6), em uma nota à imprensa, a PF desmentiu boatos de que os corpos teriam sido encontrados. Veja a íntegra da nota:

“O Comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal/AM, informa que, nas últimas 24 horas, a Operação Javari prosseguiu com a busca fluvial e com reconhecimento aéreo na região do Rio Itaquaí, último local em que os senhores Bruno Pereira e Dom Phillips foram vistos.

O material orgânico, aparentemente humano, bem como os demais vestígios recolhidos durante a Operação já se encontram no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal para análise. Não procedem as notícias que estão circulando nas redes sociais no sentido de que os corpos dos desaparecidos foram encontrados.

Os órgãos federais e estaduais reforçam o compromisso com a elucidação dos fatos e se empenham para que haja o retorno o quanto antes dos senhores Bruno Pereira e Dom Phillips para seus entes queridos”.

Os parentes do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira já forneceram material genético para servir de referência para o exame de DNA do sangue encontrado pela Polícia Federal na lancha do pescador Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, conhecido como Pelado, principal suspeito de participação no desaparecimento.

Repercussão internacional

O desaparecimento dos dois ganhou repercussão internacional na segunda-feira. Dom e Bruno se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena, que fica próxima ao Lago do Jaburu. O jornalista pretendia fazer algumas entrevistas com integrantes da comunidade que residem no local.

Phillips está trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson. Além do The Guardian, Phillips já publicou trabalhos em agências internacionais de notícias e em veículos como Financial Times, New York Times e Washington Post.

Desde segunda-feira (6/6), equipes da Marinha do Brasil, da Polícia Federal, da Polícia Militar do Amazonas e da Força Nacional participam das buscas ao jornalista e ao indigenista.

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