Bolsonaro diz que Raoni foi “cooptado” por líderes estrangeiros
Presidente disse que Emmanuel Macron sugeriu, em Osaka, no Japão, que o líder indígena falasse sobre a Amazônia
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a falar sobre a possibilidade de exploração de terras indígenas na transmissão ao vivo desta quinta-feira (26/09/2019), ao lado da índia Ysani Kalapalo, que o acompanhou na viagem à Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Durante a live, Bolsonaro reafirmou que Raoni não é porta-voz dos índios e disse que o líder foi “cooptado” por chefes de Estado estrangeiros.
O mandatário do Brasil contou que, durante viagem em junho a Osaka, no Japão, na cúpula do G20, o presidente da França, Emmanuel Macron, começou a ficar “preocupado” ao perceber que o governo brasileiro tinha mudado, isso antes dos atritos entre os dois. Os presidentes brasileiro e francês tiveram uma série de atritos ligados ao desmatamento e às queimadas na Amazônia.
“Alguns países, chefes de Estado, pegaram o Raoni, cooptaram o Raoni. Na minha ida a Osaka, o senhor Macron queria que, juntamente com o Raoni, nós falássemos sobre a Amazônia. Eu falei: ‘Olha, respeito o Raoni, é um cidadão, mas o presidente sou eu, tem que conversar é comigo’. Aí começou o senhor Macron a ficar preocupado conosco”, relatou o presidente.
“Não é um governo de briga com ninguém, mas também não é um governo de dizer amém para todo mundo. Mudou isso aí”, finalizou Bolsonaro.
O presidente da República perguntou se a índia aprovou seu discurso na ONU e recebeu elogios públicos.“Eu adorei. Foi um discurso verdadeiro, que eu nunca vi. Falou umas verdades. Sabe por que incomodou tanta gente, essa turminha vermelha aí? Por que eles estão acostumados a ouvir inverdades, coisas que não são verdades. Eles estão acostumados a ouvir coisas romantizadas”, disparou Ysani.