Bolsonaro diz que pobres foram “acostumados” a não aprender profissão
Em entrevista à Rede Vida, o presidente também voltou a afirmar que o número de pessoas que passam fome no Brasil é superestimado
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, na quarta-feira (21/9), que a população pobre está “acostumada” a não aprender uma profissão.
A declaração foi dada em entrevista à emissora católica Rede Vida. Durante a sabatina, o mandatário ressaltou que “tirar as pessoas da linha da pobreza é um trabalho gigantesco”.
“São pessoas que foram, ao longo dos anos, acostumadas a não se preocupar ou o Estado negar uma forma de ela aprender uma profissão”, pontuou.
Bolsonaro também voltou a dizer que o número de pessoas que passam fome no Brasil é superestimado.
De acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa e Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, 33,1 milhões de brasileiros enfrentam algum grau de insegurança alimentar.
Durante a entrevista, Bolsonaro assinalou que “não é esse número todo” de pessoas que passam fome no país. Segundo o mandatário, quem vive abaixo da linha da pobreza pode recorrer ao Auxílio Brasil.
Judiciário
O presidente e candidato a reeleição também defendeu pautas conservadoras e falou sobre a indicação de ministros ao Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro apontou que, se reeleito, indicará dois novos juízes que sejam contrários ao aborto.
O mandatário também criticou a Suprema Corte por ser “completamente independente” dos outros Poderes e ter um “ativismo muito forte”.
“O Judiciário se coloca como um Poder – no caso, o STF – completamente independente. Eles têm um ativismo muito forte. O último agora foi mexer nos decretos [de armas]. Nossa Constituição dispõe que é privativo ao Legislativo questionar decretos, via projeto de decreto legislativo”, frisou.