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Bolsonaro diz que não vê “problema nenhum” em se vacinar contra Covid

Neste sábado, DF começou vacinação de pessoas a partir de 66 anos. Presidente voltou a falar que já está imunizado contra a doença

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Jair Bolsonaro em passeio de moto
1 de 1 Jair Bolsonaro em passeio de moto - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, neste sábado (3/4), durante conversa com a imprensa, no Palácio da Alvorada, que não vê “problema nenhum” em se vacinar contra a Covid-19.

Após passeio de moto por Brasília, o chefe do Executivo defendeu, no entanto, que o imunizante deve ser dado para alguém que “ainda não contraiu o vírus”.

No ano passado, em diversas ocasiões, Bolsonaro afirmou que não tomaria a vacina porque já estava imunizado por ter sido infectado em julho. Especialistas afirmam, entretanto, que a imunização é imprescindível para quem já contraiu a doença, pelo risco de reinfecção e disseminação do vírus.

“Olha, o que eu devo fazer, eu entendo dessa maneira: eu já estou imunizado com o vírus, né? E se acharem que eu devo me vacinar, eu me vacino. Não tem problema nenhum”, disse.

Em seguida, acrescentou: “Mas eu acho que essa vacina minha tem que ser dada pra alguém que ainda não contraiu o vírus e corre o risco muito, mas muito maior do que o meu”.

Neste sábado, o governo do Distrito Federal começou a vacinação de pessoas a partir de 66 anos – idade de Bolsonaro. “Da minha parte não tem problema nenhum buscar um posto de saúde, já que entrou aí a minha faixa etária e se vacinar”, declarou o presidente, sem entrar em detalhes de quando poderá receber a primeira dose.

Havia expectativa para que o presidente se vacinasse neste sábado, com uma dose da Covishield, desenvolvida pela universidade inglesa de Oxford, com a farmacêutica sueco-britânica AstraZeneca.

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Declarações contra a vacina

Em dezembro passado, Bolsonaro argumentou que quem viesse a ser imunizado com a vacina da Pfizer poderia virar “jacaré”, se referindo a uma condição contratual que a empresa dos Estados Unidos estabelece para não se responsabilizar por eventuais efeitos colaterais após aplicação do imunizante. A prática é comum nas vacinações tradicionais.

Agora, o presidente tem defendido a “política da vacinação em massa”. O tom do chefe do Executivo segue crítico – com ataques a governadores que adotam medidas mais restritivas e em defesa de medicamentos sem eficácia contra a Covid-19, por exemplo –, mas está mais ameno quando o assunto é imunização.

A mudança foi sugerida por auxiliares após o bunker digital do Planalto ter identificado uma queda no engajamento de apoiadores nas redes diante da postura contra a vacina, além de uma diminuição da popularidade do presidente.

Ministros tomaram CoronaVac

Até o momento, dois ministros do primeiro escalão de Bolsonaro se vacinaram contra a Covid-19. São eles: Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Guedes (Economia) – os dois também receberam a primeira dose da CoronaVac.

Além deles, o vice-presidente Hamilton Mourão se vacinou na última segunda-feira (29/3). Na ocasião, também foi imunizado com a vacina chinesa.

A CoronaVac é desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, chefiado por João Doria (PSDB).

Antes mesmo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial do imunizante no Brasil, em janeiro deste ano, Bolsonaro questionou a eficácia da CoronaVac em diversas ocasiões, por se tratar de uma vacina chinesa.

Em outubro do ano passado, após o Ministério da Saúde anunciar um acordo com o Butantan para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, o presidente suspendeu a aquisição, afirmando que o governo não compraria vacina da China.

Na mesma ocasião, Bolsonaro se referiu à CoronaVac como “a vacina chinesa de João Doria” e disse que “o povo brasileiro não será cobaia de ninguém”.

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