Bolsonaro diz que invasores erraram, mas merecem anistia: “Pena justa”
STF condenou mais de 80 pessoas por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro em 2023, em Brasília
atualizado
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu “pena justa” para os condenados por participação no atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A manifestação terminou com a depredação do Supremo Tribunal Federal (STF), do Senado Federal e do Palácio do Planalto e a pauta dos participantes era a reversão da vitória de Lula (PT) na eleição presidencial. A declaração do ex-chefe do Executivo ocorreu durante entrevista à Revista Oeste nesta terça-feira (27/2).
“São pessoas que algumas ali se excederam, invadindo prédios públicos, depredando. Erraram. Tem que pagar pelo seu erro, mas acho que ninguém em sã consciência acha que 17 anos é uma pena justa. Não tem cabimento”, defendeu o ex-presidente Bolsonaro, referindo-se às penas mais altas determinadas em julgamentos no STF.
O STF condenou mais de 80 pessoas pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Além das penas de prisão, os manifestantes terão que pagar indenização por danos morais coletivos, no valor mínimo de R$ 30 milhões, a ser dividido por todos.
“No fechamento [do ato de domingo, na Paulista], fui para cima do apaziguamento, com anistia, e isso precisa vir do lado de lá. Eu sei que o Parlamento é o ente que decide essa questão, mas partindo do Executivo seria muito bem-vindo. Acho muito difícil. Mas falei [no ato de domingo, em São Paulo] uma coisa que toca: temos órfãos de pais vivos, com penas de 15, 16, 17 anos…”, afirmou Bolsonaro.
Os réus foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; associação criminosa armada; dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.