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Bolsonaro diz que distribuição de vacinas da Índia pode começar no sábado

Chegam ao Brasil nesta sexta-feira (22/1) 2 milhões de doses da vacina Oxford/Astrazeneca contra o novo coronavírus

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Presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que, se a vacina da Oxford/Astrazeneca vinda da Índia chegar ao Brasil nesta sexta-feira (22/1), a distribuição começa no sábado (23/1). O carregamento chega ao país no início da noite.

“Essa vacina amanhã mesmo, se chegar hoje à noite, começa a chegar aos seus destinos”, disse o presidente em entrevista à CNN, em frente ao Palácio da Alvorada.

A carga vinda da Índia será transportada em voo comercial da companhia Emirates ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e seguirá em aeronave da Azul para o Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro. A partir de então, fica sob responsabilidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A Fiocruz calcula que, ao receber as doses, será necessário pelo menos um dia para analisá-las e rotulá-las antes de entregar as vacinas ao Ministério da Saúde, que é o responsável pela distribuição para todas as unidades federativas.

O mandatário da República afirmou que não tinha oposição ao imunizante, mas sim à distribuição de vacinas sem a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nenhuma farmacêutica tinha a intenção de aplicar o imunizante antes do aval do órgão regulador nacional.

“A logística é feita pelo general Pazuello, ministro da Saúde, juntamente com o ministro Fernando [Azevedo e Silva], que é o ministro da Defesa. E nós entregamos tão logo a Anvisa aprovou… Essa era a minha oposição, né? Pessoal disse que eu era contra a vacina, não era contra, era contra a vacina sem passar pela Anvisa. Passou pela Anvisa, eu não tenho mais o que discutir, eu tenho que distribuir a vacina. E nós distribuímos no prazo programado, um dia antes”, afirmou, em referência à distribuição das primeiras 6 milhões de doses da Coronavac.

Questionado sobre uma declaração na qual disse que menos de 50% da população brasileira iria se vacinar, Bolsonaro fugiu do assunto e defendeu o caráter não obrigatório da imunização. O titular do Executivo federal também chamou a atenção para eventuais efeitos colaterais da vacina.

“O que eu tenho observado é que ainda tem muita gente que tem preocupação com a vacina. E deixo bem claro: ela é emergencial. Eu não posso obrigar ninguém a tomar vacina, como um governador um tempo atrás falou que ia obrigar. Eu não sou inconsequente a esse ponto. Ela tem que ser voluntária, afinal de contas, não está nada comprovado cientificamente com essa vacina ainda. E peço que o pessoal leia, não é bula, mas eu chamo de bula, os contratos com as empresas para tomar pé de onde chegaram as pesquisas e por que não se concluiu ainda dizendo que uma vacina é perfeitamente eficaz. Pelo que tudo indica, segundo a Anvisa, ela vai ajudar aí que casos graves não ocorram no Brasil em quem for vacinado.”

Sobre interlocuções com chefes de outros países em torno das vacinas contra a Covid-19, em especial da Índia e da China, Bolsonaro disse que está em contato com as autoridades, mas não forneceu detalhes sobre as conversas.

“Obviamente, converso com autoridades. Tive com o embaixador da Índia na semana passada. Também nossos ministros conversam com o embaixador da China, entre outras autoridades, mas são conversas reservadas”, disse.

O presidente se reuniu na manhã desta sexta com deputados federais da bancada do agronegócio. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também estava presente no encontro.

“Nós trabalhamos em parcerias. Não existe Executivo e Legislativo isolados, não existe. Trabalhamos em parceria para o bem do nosso Brasil”, completou.

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