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Bolsonaro diz à PF que não sabe quem inseriu dados falsos sobre vacinação da filha

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento no âmbito da Operação Venire, que investiga possíveis fraudes em cartões de vacinação

atualizado

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Bolsonaro e a filha Laura- mETRÓPLES
1 de 1 Bolsonaro e a filha Laura- mETRÓPLES - Foto: Reprodução/Instagram

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (16/5) que não sabe quem inseriu os dados de vacinação falsos da filha mais nova dele, Laura, de 12 anos. Bolsonaro disse também que “jamais solicitou a inserção de dados falsos em nome de sua filha”.

Ainda segundo o ex-presidente, Laura entrou nos Estados Unidos com sua família como “não vacinada”. Segundo as regras do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, pessoas menores de 18 anos de idade não são obrigados a comprovar que são vacinados para entrar em território americano.

Bolsonaro ainda alegou que não tem conhecimento de quem acessou o sistema do ConecteSUS no dia anterior à viagem da família aos Estados Unidos e emitiu um atestado de vacinação de Laura em inglês. Ele ressaltou que sequer sabe usar o aplicativo.

Emissão de certificados

As versões, no entanto, se chocam com as diligências da Polícia Federal. Quando a documentação que embasou a prisão de aliados bolsonaristas, como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, foi liberada por Moraes, tornou-se público que o usuário de Bolsonaro no aplicativo ConecteSUS, do Ministério da Saúde, emitiu ao menos quatro vezes certificados de vacinação contra Covid-19 que seriam do ex-presidente.

Três desses certificados foram emitidos em 22, 27 e 30 de dezembro de 2022; antes, portanto, de Bolsonaro embarcar para o autoexílio em Orlando (EUA), no início da tarde de 30 de dezembro.

Conforme publicado pelo colunista do Metrópoles Igor Gadelha, antes de Bolsonaro deixar a Presidência, o e-mail de acesso à sua conta no ConecteSUS estava no nome de Cid. Após o dia 30, o e-mail foi alterado, deixando o controle com Marcelo Costa Câmara, assessor especial do ex-mandatário. Os cartões de vacina foram posteriormente apagados.

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