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Bolsonaro disse que provaria fraude em eleições com “hacker do bem”

Em 2021, Bolsonaro afirmou ter contratado hacker que comprovou vitória de Aécio Neves em 2014. Mas jamais apresentou as provas

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Imagem colorida de Bolsonaro põe em dúvida as urnas eletrônicas durante entrevista
1 de 1 Imagem colorida de Bolsonaro põe em dúvida as urnas eletrônicas durante entrevista - Foto: Reprodução

Em julho de 2021, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) assegurou, em entrevista, que possuía provas de que Aécio Neves (PSDB) havia vencido as eleições de 2014, que, segundo ele, teriam sido fraudadas para dar a vitória a Dilma Rousseff (PT). Segundo Bolsonaro, foi contratado um “hacker do bem”, que o teria ajudado a comprovar a violabilidade da urna eletrônica e a fraude em favor da petista.

“Eu vou comprovar na semana que vem que Aécio Neves ganhou as eleições em 2014. O hacker veio aqui, né, com gente que entende de informática. Hacker do bem, né, mostrando”, afirmou à Rádio Itatiaia.

Veja:

Na ocasião, Bolsonaro prometeu apresentar as provas em uma live. Tais provas seriam encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para averiguação. E aproveitou para fustigar o ministro Luís Roberto Barroso, então presidente do TSE.

“Acredito que em uma hora dá pra demonstrar tudo isso aí. E a gente derruba a tese do ministro Barroso, do TSE, de que as urnas eletrônicas não são fraudadas”, disse o então presidente.

Sem provas

De fato, Bolsonaro realizou a live, ao lado do seu então ministro da Jutiça, Anderson Torres. Porém, após mais de 40 minutos de discurso, não apresentou qualquer prova de fraude eleitoral e apenas fez mais ataques ao TSE. O então presidente da República admitiu que “não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas”.

Bolsonaro ainda rebateu a determinação para que apresentasse as provas de irregularidades nas urnas: “Os que me acusam de não apresentar provas eu devolvo a acusação: apresente prova de que não é fraudável”.

Hacker acusa Bolsonaro

Nesta quinta-feira (17/8), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) do 8/1, no Congresso Nacional, o hacker Walter Delgatti Neto atribuiu o comando de uma série de atos antidemocráticos a Bolsonaro.

Entre os atos, disse que o ex-presidente lhe deu ordens para fraudar as urnas, pediu para assumir um grampo feito contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e lhe garantiu um indulto, casos os crimes fossem descobertos.

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