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Bolsonaro defendeu em reunião troca na PF para “proteger” familiares

Os relatos foram divulgados por fontes que assistiram na manhã desta terça-feira ao vídeo da reunião ministerial de 22 de abril

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Jair Bolsonaro, de máscara, na rampa externa do Palácio do Planalto, fala sobre vídeo de reunião ministerial
1 de 1 Jair Bolsonaro, de máscara, na rampa externa do Palácio do Planalto, fala sobre vídeo de reunião ministerial - Foto: Igo Estrelaq/Metrópoles

Expressões como “devastador” e “muito ruim para Bolsonaro” foram usadas por pessoas com acesso à investigação para classificar o teor da reunião ministerial de 22 de abril, na qual o presidente pressionou o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro a trocar o comando da PF no Rio de Janeiro.

O vídeo da reunião ministerial que virou prova no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar as acusações de Moro contra Bolsonaro foi exibido na manhã desta terça-feira (12/05).

Fontes ligadas ao inquérito, que é conduzido pela Polícia Federal, relataram que o presidente Jair Bolsonaro afirmou querer trocar o superintendente da PF no Rio de Janeiro, mesmo que, para isso, tivesse que demitir o então ministro da Justiça e Segurança Pública. E complementou afirmando que familiares e amigos dele estavam sendo perseguidos e não poderiam continuar a ser “prejudicados” por investigações.

Bolsonaro reagiu imediatamente e negou as informações vazadas. Segundo ele, não há no vídeo, em momento algum, as palavras “Polícia Federal” ou “superintendência”. “Não tenho preocupação nenhuma com a PF. Não tenho família sendo investigada”, reiterou Bolsonaro.

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O vídeo da reunião foi assistido por investigadores da PF e da Procuradoria-Geral da República, além do próprio Moro e seus advogados.

Ainda segundo participantes dessa sessão exclusiva, a fala de Bolsonaro não deixa dúvidas sobre a preocupação do presidente com um cerco da PF a seus filhos. O presidente reclama de perseguição, segundo as fontes.

Sergio Moro
Na ocasião, Bolsonaro também teria feito várias críticas e reclamações direcionadas a Moro, afirmando que ele não defendia o governo nos momentos de derrotas jurídicas e pedindo mais engajamento.

O ministro Celso de Mello é o responsável pela decisão sobre a divulgação ou não de trechos, da íntegra ou ao menos de uma transcrição.

A defesa do ex-ministro Moro quer que a íntegra venha a público, já a Advocacia Geral da União não queria sequer entregar o vídeo, alegando questões de segurança nacional. Celso de Mello, porém, não aceitou o argumento.

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