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Bolsonaro defende “limpa” no Ibama e ICMBio para ajudar produtor

Para o presidente, é importante alterar o sistema de fiscalização do agronegócio brasileiro

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Alan Santos/PR
29/04/2019 Cerimônia de Abertura Oficial da Agrishow 2019
1 de 1 29/04/2019 Cerimônia de Abertura Oficial da Agrishow 2019 - Foto: Alan Santos/PR

Durante abertura da maior feira nacional de agronegócio, a Agrishow, em Ribeirão Preto, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) defendeu o uso de arma para legítima defesa em propriedade privada e uma “limpa” no Ibama e ICMBio, ligados ao Ministério do Meio Ambiente.

Para o presidente, o chefe da pasta, Ricardo Salles, tem tomado medidas para “limpar” os órgãos e melhorar a fiscalização e a comunicação com os produtores. “Tem que haver fiscalização sim, mas o homem do campo tem que ter o prazer de receber o fiscal e, em um primeiro momento, se orientar para que possa cumprir as leis”, afirmou. Salles acompanhou Bolsonaro na abertura do evento, assim como a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Ao falar da ação dos órgãos junto aos produtores locais, Bolsonaro acusou antigos governos de utilizar 40% dos recursos recebidos em multas ambientais para “retroalimentar uma fiscalização xiita”, que atendia a nichos que não ajudavam o meio ambiente. O presidente elogiou também a ajuda de Salles durante as articulações do governo para a aprovação da reforma da Previdência.

Outra proposta defendida por Bolsonaro durante o evento foi o uso de armas de fogo por civis para legítima defesa dentro da propriedade privada. “Para nossa segurança jurídica no campo, a propriedade privada é sagrada e ponto final”, disse. O presidente da República contou que, durante conversa com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o deputado afirmou que vai apresentar um projeto de lei para que a arma de fogo seja utilizada em todo perímetro da propriedade.

Segundo Bolsonaro, o importante é o “cidadão de bem” causar medo no invasor, e não o contrário. Em outra oportunidade, o presidente comentou a medida e disse que a causa seria integrantes do Movimento Sem Terra (MST), que invadem a propriedade privada, chamando-os de “terroristas”.

“O que eu quero como chefe do Executivo? Eu quero, na verdade, resumindo, não atrapalhar quem produz”, disse Bolsonaro, ao afirmar que tira o Estado do “cangote” dos produtores rurais. “O agronegócio é um dos setores que está dando certo desde muito tempo e temos que valorizar quem trabalha nessa área”, completou.

Além das medidas, Bolsonaro mencionou ações do Ministério da Infraestrutura no sentido de modernizar e privatizar portos brasileiros e de finalizar as obras da BR-163, iniciadas pelo governo de Geisel. Ele lembrou a construção do maior colégio militar brasileiro no Campo de Marte, em São Paulo, e comentou sobre a atuação do governo do estado e do ministro de Tecnologia, Marcos Pontes, em avançar em serviços de tecnologia no Brasil. “Em grande parte, nós temos muito a oferecer ao mundo, então esse casamento é mais do que perfeito”, afirmou, finalizando discurso.

Governos militar e de esquerda
Ao comentar sobre o assunto, Bolsonaro afirmou que o governo de Médici, durante a ditadura militar, trouxe “grande impulso à agricultura” e enalteceu as medidas tomadas no período, como o aumento do número de milhas náuticas ao território brasileiro.

Ao citar o período militar, ele disse que pretende ir à China para “desfazer a imagem” de inimigos dos chineses, estereótipo “imposto pela mídia”. “Eu sou inimigo de governo que, no passado, fazia negócio estando à frente de um viés ideológico, isso deixou de existir. Nós temos uma oportunidade ímpar de mudarmos o destino da nação”, discursou. A viagem do presidente ao país está marcada para agosto.

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