Bolsonaro critica mercado e sinaliza ter plano B para Auxílio Brasil
Durante o G20, em Roma, o presidente brasileiro mostrou preocupação com a resistência no Congresso Nacional à PEC dos Precatórios
atualizado
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Enviado especial a Roma — O presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste sábado (30/10), em Roma, na Itália, estar preocupado com a resistência no Congresso Nacional à PEC dos Precatórios, proposta que viabiliza o Auxílio Brasil de R$ 400.
O mandatário da República também criticou a reação do mercado financeiro à dificuldade do governo em aprovar a matéria e sinalizou ter um plano B.
Em uma indireta ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Bolsonaro disse estar preocupado com a falta de tempo hábil para aprovar a proposta no Congresso. “Acho que preocupa. O presidente do Senado vai estar em Glasgow (para a COP26) na próxima semana, e nós nos preocupamos porque o ano está acabando”, declarou.
Questionado se tem um plano B para bancar o Auxílio Brasil de R$ 400, caso o Congresso não aprove a PEC dos Precatórios, o chefe do Executivo federal não quis dar detalhes, mas admitiu ter alternativa. “Sou paraquedista. Sempre tenho paraquedas reserva comigo, mas com muita responsabilidade”. “Quem raciocina, quem tem inteligência, sempre tem um plano B”, frisou.
O titular do Planalto disse que não poderia falar diretamente de plano B, para não causar “rumor no mercado”, o qual criticou. “O mercado tem de entender que, se o Brasil for mal, eles vão se dar mal também. Parece até que somos um time jogando contra. Somos do mesmo time. O mercado, toda vez, nervosinho, atrapalha em tudo o Brasil”, disparou.
Reuniões
O presidente Jair Bolsonaro participa, neste sábado (30/10), em Roma, do primeiro dia da reunião da cúpula de líderes do G20, grupo das maiores economias global. Além do encontro coletivo, o presidente e alguns ministros terão reuniões bilaterais com autoridades de outros países.
O mandatário brasileiro deve se reunir, por exemplo, com o secretário-geral da Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann. O encontro está previsto para as 16h (horário local), 11h no Brasil.