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Bolsonaro: Covid só encurtou vidas de vítimas em “alguns dias ou algumas semanas”

Presidente referia-se a pessoas com comorbidade que morreram após se contaminar com o coronavírus

atualizado

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Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Em entrevista a alemães de extrema direita, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, no início deste mês, que a Covid-19 apenas encurtou a vida das vítimas “por alguns dias ou algumas semanas”.

“Muitas [vítimas] tinham alguma comorbidade, então a Covid apenas encurtou a vida delas por alguns dias ou algumas semanas”, disse Bolsonaro.

O presidente concedeu a entrevista em 8 de setembro. A conversa foi publicada no canal do Youtube dos entrevistadores antivacina Markus Haintz e Vicky Richter na última segunda-feira (20/9).

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Na entrevista, Bolsonaro ainda afirmou que o total de mortes provocadas pelo vírus no país foi “superdimensionado”. “Uma pessoa na UTI por Covid custa R$ 2.000 por dia. Uma pessoa numa UTI com outras doenças custa R$ 1.000. Então, quando uma pessoa mais humilde vai no hospital, ela é levada para a UTI porque os hospitais vão ganhar mais dinheiro, tem uma supernotificação. Isso aconteceu. O número de mortes no Brasil foi superdimensionado”, disse.

Em outro momento da conversa, o chefe do Executivo brasileiro voltou a criticar as medidas sanitárias de enfrentamento da doença. “Eu disse para as pessoas não terem medo, que enfrentassem o vírus”, declarou. O mandatário reiterou o posicionamento contra a vacinação obrigatória, alegando que “a liberdade é mais importante que a vida.”

O presidente também criticou a TV Globo, sob o argumento de que é “perseguido” pela emissora, e defendeu o armamento da população.

Por fim, o mandatário da República citou seu bisavô alemão, Carl Hintze, a quem já descreveu, em outras ocasiões, como “soldado do nazismo”. A informação, no entanto, é contestada por historiadores, que alegam que Hintze vivia em Campinas em 1926 e colaborava com um jornal antirracista.

Veja o trecho:

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