Bolsonaro cita notícia falsa e acusa Doria de aumentar imposto de alimentos
Presidente disse que o governo de São Paulo aumentou imposto sobre itens da cesta básica, mas Executivo estadual nega informação
atualizado
Compartilhar notícia
Em guerra contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o acusou de aumentar impostos de produtos da cesta básica. O chefe do Executivo afirmou ainda que o político tucano “está cobrando imposto até do cara com deficiência que quer comprar um carro”.
As declarações foram dadas a apoiadores antes do início da cerimônia de hasteamento da bandeira, nesta terça-feira (27/10), no Palácio da Alvorada.
“Teve estado que aumentou imposto no Brasil. Sabe qual é? São Paulo. São Paulo aumentou barbaramente produtos da cesta básica, lamentavelmente. Está cobrando imposto até do cara com deficiência que compra um carro”, acusou o chefe do Executivo nacional.
Segundo Bolsonaro, o Planalto fez o que tinha que fazer e não aumentou impostos. “Agora, um estado, que é o mais importante da economia do Brasil, dá esse péssimo exemplo aumentando impostos”, disse.
No dia 16 de outubro, o governo de São Paulo divulgou uma nota informando ser mentira a informação de que o estado aumentará impostos sobre itens da cesta básica. Os boatos começaram a circular após a aprovação da Lei 17.293/2020, a qual prevê ajustes fiscais e enxugamento da máquina pública. A norma prevê a redução linear de 20% dos benefícios fiscais relacionados ao ICMS.
“Por decisão do governador João Doria, não haverá alteração na alíquota do imposto para os produtos que fazem parte das cestas básicas de alimentos e de remédios”, explica o comunicado.
Economia e investimento
Ao lado de Paulo Guedes, Bolsonaro disse que a economia está se recuperando e gerou 250 mil empregos em setembro. Apesar do pequeno avanço, o país ainda tem 13,8% de desempregados, o que significa mais de 13 milhões de adultos sem um trabalho.
“Empresas foram destruídas com aquela história do fique em casa. Lembra que eu falava do vírus e da economia? O pessoal dando pancada em mim: [sic] ah, nhên, nhên, nhên… [faz uma onomatopeia]. Olha o problema aí. Se não é o trabalho da equipe econômica, do auxílio emergencial, socorro a pequenas e microempresas, rolagem de dívida de estados”, afirmou o presidente.
