Depoimento de Bolsonaro na PF sobre joias sauditas passa de 2h30
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presta depoimento na Polícia Federal, nesta quarta-feira (5/4), além de mais nove pessoas
atualizado
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou à sede da Polícia Federal, por volta das 14h30 desta quarta-feira (5/4), para depor no caso das joias sauditas.
No depoimento, Bolsonaro terá de justificar à polícia a entrada irregular de joias da Arábia Saudita no país, desde 2019. O ex-titular do Planalto também deverá responder a perguntas sobre o recebimento de armas, um fuzil e uma pistola, dos Emirados Árabes Unidos.
Neste momento, Bolsonaro e mais cinco pessoas depõem na sede da PF. Outras quatro, sendo uma delas o tenente-coronel Mauro Cid, ex-assessor-chefe militar da Ajudância de Ordens da Presidência da República da gestão Bolsonaro, prestam esclarecimentos na Delegacia Especializada de Combate a Crimes Fazendários, da Superintendência da PF em São Paulo. Todos estão em salas separadas.
As investigações apuram a tentativa de uma comitiva presidencial entrar no Brasil com joias avaliadas em R$ 16,5 milhões, sem pagar impostos à Receita Federal e com a incorporação dos itens milionários diretamente ao patrimônio pessoal do ex-presidente.
Segurança reforçada
A sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, amanheceu com segurança reforçada nesta quarta-feira (5/4), data marcada para o depoimento de Jair Bolsonaro (PL) sobre o caso das joias sauditas. A oitiva está prevista para as 14h30, e o ex-presidente confirmou que comparecerá presencialmente.
Policiais militares do Distrito Federal posicionaram veículos, grades e outros equipamentos de contenção para bloquear os acessos ao estacionamento em frente ao local.
Tentativa de invasão
Em dezembro de 2022, o entorno da sede da PF virou um cenário de guerra, após ser alvo de tentativa de invasão por apoiadores de Bolsonaro, em retaliação à prisão do Cacique Tserere, líder do grupo indígena Xavante e apoiador do ex-mandatário brasileiro.
Bastante conhecido entre aqueles que permaneceram acampados por cerca de três meses no QG do Exército pedindo intervenção militar, Tserere fez discursos mais inflamados contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.