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Bolsonaro: “Chega de frescura, mimimi. Vão ficar chorando até quando?”

Presidente discursou nesta quinta-feira (4/3), no interior de Goiás, e criticou medidas estaduais de fechamento do comércio

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Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Fotos JP Rodrigues / Metrópoles

Em agenda em São Simão (GO), no início da tarde desta quinta-feira (4/3), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar governadores e prefeitos, devido a decretos estaduais que estabelecem medidas como fechamento do comércio e restrição da circulação de pessoas, para conter a disseminação da Covid-19.

O mandatário da República elogiava trabalhadores rurais por não terem ficado em casa, quando cobrou que a população “enfrente os problemas”.

“Vocês [produtores rurais] não ficaram em casa, não se acovardaram. E nós temos que enfrentar os nossos problemas. Chega de frescura, mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas. Respeitar, obviamente, os mais idosos, e aqueles que têm doenças, comorbidades. Mas onde vai parar o Brasil se nós pararmos?”, disse Bolsonaro.

“Sempre disse: vamos cuidar da questão do vírus e do desemprego. São dois problemas que temos que tratar com a mesma responsabilidade e de forma simultânea. Lamentamos qualquer morte no Brasil”, prosseguiu o presidente.

O titular do Palácio do Planalto comunicou que soube da morte da primeira professora que teve em Jundiaí (SP), que faleceu com 101 anos de idade. “Eu esperava vê-la, porque marcou a minha vida. E seus familiares se emocionaram quando eu conversei com eles por telefone, mas essa é a nossa vida”, completou.

Na quarta-feira (3/3), o país registrou 1.910 óbitos causados pela Covid-19, o maior número desde o início da pandemia. Foram registradas 71.704 novas infecções de coronavírus, segundo balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No total, o Brasil já perdeu 259.271 vidas para a doença e computou 10.718.630 casos de contaminação.

Bolsonaro também citou a inflação da cesta básica, que foi de 3,64% no mês de dezembro. Em comparação a janeiro de 2020, o aumento é de 28,6%, ou seja, em um ano, o preço da cesta básica saltou de R$ 340,61 para R$ 438,16.

“Todos vamos sofrer, se não tomarmos as medidas certas. Nós somos um país que, sim, tem um futuro. O homem do campo, repito, não parou. Tivemos inflação da cesta básica, tivemos, sim. Como vou negar isso daí? Não vou negar, mas, se vocês tivessem parado, pior do que a inflação, seria o desabastecimento.”

O chefe do Executivo federal participou nesta quinta de cerimônia de inauguração de trecho da Ferrovia Norte-Sul, que liga São Simão (GO) e Estrela D’Oeste (SP). Acompanharam Bolsonaro os ministros Fábio Faria (Comunicações), Augusto Heleno (GSI), Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura).

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