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Bolsonaro: Brasil é país que menos sofre com preço de combustíveis

O presidente afirmou que o Brasil e os demais países do mundo enfrentam problemas que resultam das medidas adotadas no combate à pandemia

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O presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores e fala com a imprensa na saída do Palácio da Alvorada
1 de 1 O presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores e fala com a imprensa na saída do Palácio da Alvorada - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quinta-feira (19/5), que o Brasil é o país que menos sofre com a alta no preço dos combustíveis e dos alimentos. A declaração foi feita nesta manhã, durante participação no congresso Mercado Global de Carbono, no Rio de Janeiro.

O chefe do Executivo federal afirmou que o Brasil e os demais países enfrentam problemas ocasionados pelas medidas adotadas no combate à pandemia. Ele também defendeu ser o “único chefe de Estado do mundo” a ter uma visão “diferente” sobre a crise da Covid-19.

O mandatário classificou como “lamentável” a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que atribuiu a estados e municípios a responsabilidade sobre protocolos sanitários para enfrentamento do novo coronavírus.

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)

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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo

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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis

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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado

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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível

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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual

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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis

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Para Bolsonaro, as normas restritivas geraram alta nos preços dos combustíveis e dos alimentos. No entanto, ele avaliou que o Brasil é o país que menos sofre com a escalada nos valores.

“Nós vivemos um problema no mundo, e no Brasil não está diferente – apesar de eu ser o único chefe de Estado do mundo que tinha uma visão diferente de como deveríamos tratar a pandemia. Lamentavelmente, o STF tirou de mim esse que seria o meu direito”, discursou.

O presidente repetiu que “a política do ‘fique em casa, e a economia a gente vê depois'” trouxe consequências “terríveis para todos nós”. “Preço dos combustíveis, preço dos alimentos… Mas o Brasil é o que menos sofre esse problema no mundo”, avaliou.

Inflação

Em abril deste ano, a inflação cresceu 1,06%. Foi o maior índice para o mês desde 1996. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE).

Naquele mês, os principais percentuais referem-se ao setor de alimentação e bebidas, que apresentaram variação de 2,06% e impacto de 0,43 p.p., e a transportes – alta de 1,91% e 0,42 p.p. de impacto. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril.

No caso dos transportes, a alta foi puxada, principalmente, pelo aumento nos preços dos combustíveis, que continuaram subindo (3,20% e 0,25 p.p.), assim como no mês anterior, com destaque para gasolina (2,48%), produto com maior impacto positivo (0,17 p.p.) no índice do mês.

Agenda no Rio de Janeiro

O presidente cumpre agenda oficial no Rio de Janeiro nesta quinta. Pela manhã, Bolsonaro participou de visita ao Instituto de Pesquisas Jardim Botânico. Ele discursou durante o congresso Mercado de Carbono e deve comparecer a um almoço com autoridades presentes no evento.

Além de Bolsonaro, outros gestores do governo federal estão confirmados no congresso. É o caso dos ministros Joaquim Leite, do Meio Ambiente, e Paulo Guedes, da Economia.

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