Bolsonaro assina procuração que dá a Wassef poderes para representá-lo
O documento foi assinado pelo presidente no dia 6 de maio. Na procuração, consta o endereço do escritório de Wassef, onde Queiroz foi preso
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou procuração, no último dia 6 de maio, que dá amplos poderes para que o advogado Frederick Wassef o represente judicialmente.
De acordo com o documento, obtido pela CNN, Wassef terá “amplos poderes para o foro em geral à defesa de seus direitos e interesses para representar o outorgante (Bolsonaro) em juízo ou fora dele em que for autor, réu, assistente, ou oponente, podendo propor contra quem de direito as ações competentes e defendê-la nas contrárias seguindo umas e outras até final decisão”.
Na procuração consta o endereço do escritório de Wassef, “rua das Figueiras, 644, Jardim dos Pinheiros, Atibaia-SP”, o mesmo onde o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, foi preso no dia 18 de junho de 2020.
O documento ainda frisa que Wassef poderá, em nome do presidente, “transigir, negociar, reconvir, concordar, discordar, ratificar, firmar compromissos ou acordos, receber e dar quitação, desistir, acompanhar quaisquer processos em todos os termos ou instâncias, representar (o presidente) perante qualquer repartição, autarquia ou órgão federal, estadual ou municipal”.
De acordo com texto, esses poderes são concedidos de forma ampla, mas “em especial no mandado de segurança 1000399802019410000, em tramitação no Tribunal regional Federal da 1ª Região”.
O caso trata-se da ação apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais e pelo Conselho Federal da OAB em favor do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defendeu Adélio Bispo, autor da facada contra Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018.
Uma semana após a assinatura da procuração pelo presidente, Wassef anexou a o documento ao processo. A partir de agora, a ação passa a ser representada por Wassef e não mais por Antônio Pitombo, advogado que cuidava do caso para o presidente.
Procurados, nem a Presidência e nem Wassef se manifestaram.