Bolsonaro a apoiadores: cobrem auxílio emergencial dos governadores
Presidente disse que população deve demandar benefício também dos chefes estaduais, afirmando que eles também podem se endividar
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta sexta-feira (12/2), em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, que a retomada do auxílio emergencial está sendo estudada pelo governo. Sobre o assunto, entretanto, o chefe do Executivo orientou que a população também cobre dos governadores a concessão do benefício.
“Está sendo estudado, né? Eu pergunto para você: qual país da América do Sul adotou o auxílio emergencial? Nós botamos por cinco meses de R$ 600 e por quatro de R$ 300. E, quando termina, dão porrada em mim”, declarou o mandatário da República.
“Cobra de quem te determinou ficar em casa, fechou o comércio e acabou com o seu emprego. Cobra dos governadores. Os governadores podem dar auxílio para vocês, eles podem se endividar também, porque o governo federal está se endividando”, afirmou o titular do Palácio do Planalto.
Na quinta-feira (12/2), Bolsonaro anunciou que o benefício poderá retornar em março e durar entre três e quatro meses. O presidente tem reiterado que a medida é “emergencial” e representa um “endividamento enorme” para o país.
“Está quase certo, não sabemos o valor. Com toda a certeza, a partir de… Pode não ser, né? A partir de março, três, quatro meses. É o que está sendo acertado com o Executivo e com o Parlamento também, porque temos que ter responsabilidade fiscal”, declarou.
Em 2020, o auxílio emergencial socorreu 68 milhões de cidadãos diretamente, totalizando um gasto público sem precedentes, que atingiu um montante superior a R$ 300 bilhões em pagamentos.
“Quem vai pagar essa conta são vocês. A gente tem dificuldade, sei que tem. Lamento? Lamento. Tenho pena? Tenho pena. Mas, se nós nos desajustarmos fiscalmente, vem a inflação galopante aí”, pontuou.
A conversa com os apoiadores ocorreu na manhã desta sexta, antes do expediente no Palácio do Planalto. O vídeo que a registrou foi divulgado por um canal alinhado ao presidente no YouTube.