Bolsonaro ficou com 17 presentes de “elevado valor comercial”, diz TCU
Entre mais de 9 mil presentes recebidos por Bolsonaro, cerca de 128 não são “personalíssimos” e não poderiam permanecer com o ex-mandatário
atualizado
Compartilhar notícia
Cerca de 128 presentes recebidos de delegações estrangeiras durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) deveriam estar no acervo público, de acordo com o relatório de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) ao qual o Metrópoles teve acesso. Ainda segundo o órgão, 17 desses itens são de “elevado valor comercial”.
De acordo com a Corte de Contas, por causa desse alto valor, tais itens “também deveriam ser incorporados ao patrimônio da União”.
“Além disso, não foram identificadas quaisquer fundamentações aptas a justificar a distribuição dos itens entre os acervos público (patrimônio da União) e documental privado do ex-presidente. Também foi constatado que há presentes recebidos pelo ex-presidente que não foram registrados. Essas constatações são decorrentes de deficiências existentes no processo de trabalho correlato ao recebimento e à incorporação desses bens”, diz o documento.
Também há 111 presentes que não se encaixam no perfil de “itens personalíssimos”, segundo o TCU. Ou seja, não poderiam ficar com Bolsonaro ou familiares.
Fabio Wajngarten, um dos advogados de Bolsonaro, informou, por meio do X (antigo Twitter), que o ex-presidente “nunca teve qualquer ingerência na classificação de presentes” e que essa tarefa era de responsabilidade do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH).