metropoles.com

Bolsonarista tentou decapitar eleitor de Lula após discussão política

A vítima foi esfaqueada 17 vezes. De acordo com o delegado responsável pelo caso, os golpes acertaram costas, testa e olho

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
WhatsApp Image 2022-09-09 at 13.10.46
1 de 1 WhatsApp Image 2022-09-09 at 13.10.46 - Foto: Reprodução

O apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) acusado de matar um colega de trabalho eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Mato Grosso, tentou decapitar o homem com um machado após esfaqueá-lo.

O delegado Higo Rafael, que atua no caso, disse ao Metrópoles que a vítima levou 15 facadas na testa. O homem ainda foi ferido nas costas e no olho.

O conflito teria começado na quarta-feira (7/9), quando o bolsonarista Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, e Benedito Cardoso dos Santos, de 42, estavam fumando cigarro, começaram a falar sobre política, e se desentenderam.

Em seguida, os dois deram início a uma briga física e, em certo momento, o rapaz esfaqueou o eleitor de Lula.

Segundo informações da Polícia Civil do estado, o suspeito do crime teria demonstrado apoio à reeleição de Bolsonaro. Já Benedito defendia a eleição do principal opositor do governo, Lula.

Para Higo Rafael, “o crime foi cometido por motivo torpe, mediante meio cruel, e estimulado por discussão política”.

4 imagens
O homem ainda tentou decapitar a vítima com um machado
De acordo com o delegado do caso, o suspeito esfaqueou a vítima 17 vezes
Os golpes acertaram as costas, o olho e a testa do eleitor de Lula
1 de 4

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro matou um eleitor do ex-presidente Lula

Divulgação/PCMT
2 de 4

O homem ainda tentou decapitar a vítima com um machado

Divulgação/PCMT
3 de 4

De acordo com o delegado do caso, o suspeito esfaqueou a vítima 17 vezes

Divulgação/PCMT
4 de 4

Os golpes acertaram as costas, o olho e a testa do eleitor de Lula

Divulgação/PCMT

Foram 17 golpes no total. Segundo o delegado, após atingido, Benedito teria xingado Rafael de “filho da puta”, o que deixou o bolsonarista com mais raiva ainda. O agressor pegou um machado e tentou decapitar o colega.

Autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel, Rafael de Oliveira está preso. A Justiça converteu a prisão em preventiva ainda na noite de quinta-feira (8/9). O suspeito confessou o crime após buscar atendimento médico para tratar dos ferimentos causados pela briga com o colega.

“Intolerância não será admitida”

Ao determinar a prisão de Rafael, o juiz Carlos Eduardo Pinho Bezerra Mendes, da 3ª Vara de Porto Alegre do Norte, disse que “a intolerância não deve e não será admitida, sob pena de regredirmos aos tempos de barbárie”.

“Lado outro, verifica-se que a liberdade de manifestação do pensamento, seja ela político-partidária, religiosa, ou outra, é uma garantia fundamental irrenunciável”, diz a peça.

Ainda conforme o despacho do magistrado, a prisão do acusado é necessária para manter a sociedade ciente do crime. “Ademais, por ora, estão presentes todos os requisitos para a custódia cautelar”, assinala.

Segundo o juiz, o suspeito pela morte do eleitor de Lula tem outras passagens pela polícia, como latrocínio, estelionato e falsificação de documento.

Petista morto em festa de aniversário

O episódio envolvendo desavenças políticas não é isolado. Em 9 de julho, o petista Marcelo Aloizio de Arruda, de 50, foi morto a tiros por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro, o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, em Foz do Iguaçu (PR).

Arruda comemorava o seu aniversário com temática do PT em uma associação esportiva da cidade quando Guaranho entrou com seu carro no local gritando “Aqui é Bolsonaro”. Após discussão, o bolsonarista baleou a o petista, que morreu após ser socorrido.

A Polícia Civil do Paraná concluiu o inquérito e indiciou Guaranho por homicídio duplamente qualificado, motivo torpe e por causar perigo comum. Em 10 de agosto, o bolsonarista recebeu alta hospitalar e, posteriormente, foi preso e levado para penitenciária de São José dos Pinhais.

4 imagens
A festa tinha como tema o Partido dos Trabalhadores
Ele foi morto por Jorge Guaranho, policial apoiador de Bolsonaro
Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal acusado de matar o petista Marcelo Arruda
1 de 4

Marcelo Arruda foi assassinado durante a festa de aniversário de 50 anos

Arquivo pessoal
2 de 4

A festa tinha como tema o Partido dos Trabalhadores

Reprodução/redes sociais
3 de 4

Ele foi morto por Jorge Guaranho, policial apoiador de Bolsonaro

Reprodução
4 de 4

Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal acusado de matar o petista Marcelo Arruda

Reprodução/Redes sociais

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?