Bolsonarista protocola requerimento de CPMI sobre atos golpistas
Senador bolsonarista Luis Carlos Heinze protocolou pedido de abertura de uma CPMI para apurar os atos golpistas de 8/1 no DF
atualizado
Compartilhar notícia
O senador bolsonarista Luis Carlos Heinze (PP-RS) protocolou, nesta terça-feira (14/2), o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de de Inquérito (CPMI) para apurar os atos golpistas registrados no dia 8/1 em Brasília. Trata-se do segundo pedido nesse sentido, uma vez que a senadora Soraya Thronicke (União-MS) requereu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os políticos e financiadores que apoiaram os atos terroristas.
A diferença entre os dois pedidos versa na composição da possível comissão. No protocolado por Soraya, participariam somente senadores. Já o texto de Heinze prevê a participação conjunta de parlamentares tanto do Senado quanto da Câmara.
“O Brasil quer saber nome e sobrenome de todos os responsáveis. O Brasil tem hoje quase mil presos políticos, grande parte de forma arbitrária”, disse Heinze ao anunciar o pedido de CPMI. O senador faz referência às 912 pessoas que seguem custodiadas no Centro de Detenção Provisória II e na Penitenciária Feminina do Distrito Federal pelos ataques do dia 8/1.
O pedido protocolado por Soraya em janeiro, em tempo, ultrapassou as 27 assinaturas necessárias para que seja instaurada a CPI. Mas, como alguns senadores que apoiaram o texto perderam o mandato na troca de legislaturas, essa conta precisa ser refeita. Para a Comissão seja instaurada, é preciso que o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) acate o pedido.
Ainda em janeiro, o senador afirmou reconhecer a existência de fato determinado para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito e considerou que o pedido de Thronicke é pertinente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já se posicionou contra a instauração de uma CPI. “Nós temos instrumentos para fiscalizar o que aconteceu nesse país. Uma comissão de inquérito pode não ajudar e ela pode criar uma confusão tremenda, sabe? Nós não precisamos disso agora”, afirmou o petista em entrevista ao G1, dez dias após os atos terroristas.