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Bolo envenenado: suspeita teria colocado arsênio no leite do sogro

Paulo Luiz faleceu em setembro de 2024 e teve o corpo exumado na quarta-feira (8/1). A perícia constatou a presença de arsênio em seu corpo

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul informou, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (10/1), que a mulher investigada por envenenar uma família com bolo envenenado com arsênio em dezembro — resultando na morte de três membros após a ingestão do doce — teria dois meses antes também colocado a substância em um leite em pó, consumido pelo sogro da suspeita, Paulo Luiz dos Anjos.

Paulo Luiz morreu em setembro de 2024 e teve o corpo exumado na quarta-feira (8/1). A perícia constatou a presença de arsênio em seu organismo, o mesmo veneno utilizado para matar a família.

De acordo com a delegada Sabrina Deffente, a principal suspeita pelo envenenamento do bolo da família, Deise Moura dos Anjos, também envenenou com arsênio um leite em pó. “O leite foi levado um dia antes da hospitalização do senhor Paulo para a casa da sogra, sendo posteriormente ingerido por ele”, afirmou. Ela teria levado o leite até a residência.

Deise Moura dos Anjos é nora de Paulo Luiz e Zeli dos Anjos, ambos vítimas de intoxicação por arsênio.

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Foi confirmado que o corpo do sogro da acusada tinha arsênio
Segundo a Polícia Civil, a  mulher pesquisava a substância há 5 meses
Arsênio em bolo era 2,7 mil vezes acima do “aceitável”
Há fortes indícios de que ela tenha praticado outros envenenamentos contra pessoas próximas à família
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Deise dos Anjos, suspeita de envenenar bolo que ocasionou a morte de três pessoas

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Foi confirmado que o corpo do sogro da acusada tinha arsênio

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Segundo a Polícia Civil, a mulher pesquisava a substância há 5 meses

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Arsênio em bolo era 2,7 mil vezes acima do “aceitável”

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Há fortes indícios de que ela tenha praticado outros envenenamentos contra pessoas próximas à família

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Prisão temporária

Até o momento, Deise está mantida em uma prisão temporária. Ela é suspeita de ter colocado arsênio, um veneno altamente tóxico, na farinha de um bolo, que foi ingerido pela família no dia 23 de dezembro.

Três mulheres da família faleceram em decorrência do do bolo envenenado: Maida Berenice Flores da Silva e Neuza Denize Silva dos Anjos, irmãs de Zeli, além da filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos. A perícia revelou que o bolo servido no encontro estava contaminado com arsênio. Zeli, sogra de Deise, foi quem preparou o doce com farinha contaminada.

A perícia também revelou que nos exames de sangue, urina e conteúdo estomacal das vítimas foi encontrado arsênio.

“Assassina em série”

Durante a coletiva de imprensa, a delegada responsável pela investigação, Sabrina Deffente, afirmou que “há fortes indícios de que a suspeita tenha cometido outros envenenamentos a pessoas próximas”.

Deise Moura enfrenta acusações de triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio. As investigações revelaram que ela realizou diversas pesquisas na internet sobre venenos.

“Não temos dúvida de que era uma pessoa que praticava homicídios em série. Ela não foi descoberta durante muito tempo e apagava as provas que pudessem levar até ela”, afirmou a delegada.

Relembre o caso

  • No dia 23 de dezembro de 2024, uma família celebrava uma confraternização em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, quando consumiu um bolo envenenado com arsênio;
  • O incidente resultou na morte de três familiares e na internação de outras três pessoas, incluindo a mulher que preparou o doce;
  • As irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, e Maida Berenice Flores da Silva, de 59. A filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47, também faleceu;
  • Outras três pessoas foram hospitalizadas, inclusive uma criança, que já recebeu alta;
    A irmã de Neuza e de Maida, Zeli Terezinha Silva do Anjos, de 61, foi quem preparou o bolo e levou para a confraternização em família;
  • As autoridades informaram que uma desavença familiar de mais de 20 anos entre a suspeita, Deise, e sua sogra, Zeli dos Anjos, pode ter motivado o crime;
  • Nos exames de sangue, urina e conteúdo estomacal das vítimas, foi detectada a presença de arsênio, uma substância extremamente tóxica que pode causar a morte;
  • O veneno foi colocado na farinha usada para preparar o bolo, intoxicando as vítimas;
  • O corpo do sogro de Deise, que morreu em setembro de 2024, foi exumado e a perícia descobriu que a causa da morte foi o consumo de arsênio.

 

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