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Bolívia: Barroso cita “atrasos de intervenções” na América Latina

Presidente do STF, Barroso viu notícia sobre golpe militar na Bolívia e citou tristeza por “atrasos de intervenções militares” no continente

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Luis Roberto Barroso, STF, durante o ato em alusão ao marco de um ano após os ataques golpistas bolsoanristas de 8 de janeiro de 2023
1 de 1 Luis Roberto Barroso, STF, durante o ato em alusão ao marco de um ano após os ataques golpistas bolsoanristas de 8 de janeiro de 2023 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), comentou a invasão na Bolívia enquanto conversava com jornalistas na saída da Corte, em Brasília, após julgamento que descriminalizou a maconha no Brasil. “É triste que a América Latina não consiga superar os ciclos do atraso das intervenções militares”, disse.

A declaração acontece após o general Juan José Zúñiga anunciar um golpe de Estado na Bolívia. Militares cercaram o Palacio Quemado, sede do governo boliviano. O comandante do Exército se deslocou para o local em um tanque de guerra.

Quando chegou à sede do governo, o militar exigiu “mudança de gabinete” e tentou entrar no local em um veículo blindado.

“O país não pode mais seguir assim”, disse Zúñiga a repórteres na Praça Murillo, próximo ao palácio presidencial em La Paz.

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Pouco antes da movimentação, o presidente da Bolívia, Luis Arce, denunciou “movimentação irregular” do Exército e pediu que a democracia no país seja respeitada.

“Denunciamos mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército Boliviano. A democracia deve ser respeitada”, afirmou Arce em publicação no X, antigo Twitter.

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales foi mais firme nas palavras e afirmou que o Exército estaria “gestando” um golpe no país.

“Gesta-se o golpe de Estado”, escreveu Morales em seu perfil no X, antigo Twitter. “Neste momento, pessoal das Forças Armadas e tanques se mobilizam na Praça Murillo”, afirmou em uma postagem com um vídeo mostrando soldados se movendo na capital La Paz.

A tentativa de golpe liderada pelo general Juan José Zúñiga acontece um dia após o ex-comandante do Exército ter sido destituído do cargo.

Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores emitiu nota, nesta quarta-feira (26/6), condenando “nos mais firmes termos a tentativa de golpe de estado em curso na Bolívia”. O Itamaraty também afirmou que dialoga com “as autoridades legítimas bolivianas”.

Veja a nota completa:

“O governo brasileiro condena nos mais firmes termos a tentativa de golpe de Estado em curso na Bolívia, que envolve mobilização irregular de tropas do Exército, em clara ameaça ao Estado Democrático de Direito no país. O governo brasileiro manifesta seu apoio e solidariedade ao Presidente Luis Arce e ao Governo e povo bolivianos. Nesse contexto, estará em interlocução permanente com as autoridades legítimas bolivianas e com os Governos dos demais países da América do Sul no sentido de rechaçar essa grave violação da ordem constitucional na Bolívia e reafirmar seu compromisso com a plena vigência da democracia na região. Esses fatos são incompatíveis com os compromissos da Bolívia perante o Mercosul, sob a égide do Protocolo de Ushuaia.”

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