Bolinho de Feijoada é declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Rio
Título de Patrimônio Cultural Imaterial carioca também foi dado ao Bar Bracarense, no Leblon, 29ª botequim a ganhar a honraria
atualizado
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Rio de Janeiro – Um dos símbolos da boemia carioca se tornou Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro: o bolinho de feijoada. A iguaria é feita com os mesmos ingredientes presentes na feijoada tradicional que, além do feijão, leva couve e o torresmo.
No texto que reconhece a importância do petisco, o prefeito Eduardo Paes lembra que é necessário preservar a memória da cultura carioca.
“A gastronomia manifesta a arte, a tradição e o conhecimento de um povo, estando diretamente ligada a sua identidade”, diz o texto que foi publicado em Diário Oficial e que enaltece a importância da iguaria, produzida por diversos botecos e famílias cariocas.
A chef Kátia Barbosa comemora o reconhecimento dado à gastronomia da cidade e declara que o “prêmio” é de todos os cariocas. Kátia é dona do Aconchego carioca, famoso bar e restaurante do Rio que faz um dos bolinhos de feijoada mais consumidos na cidade.
“Título que só coisa boa recebe, agora ele (o Bolinho) está ao lado do Cacique de Ramos, dos bailes charme e da Banda de Ipanema. Olha que honra! É um ótimo reconhecimento da luta de todos nós cozinheiros e donos de restaurantes, que às vezes parece nunca acabar!”, escreveu nas redes sociais.
“Ainda bem que, juntos, nós chegamos lá! ❤️ Obrigada a todos que consumiram, gostaram, serviram e divulgaram esse bolinho, de tal forma que se tornou uma marca carioca! A gastronomia do Rio está em festa com esse grande salto para nós cozinheiros!”, completa a chef.
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O título dado ao bolinho é o mesmo oferecido ao Bar Bracarense, reduto de frequentadores ilustres como João Ubaldo Ribeiro e Tom Jobim. Localizado no Leblon, na zona sul do Rio, O boteco é o 29º bar a integrar o “Circuito dos Botequins”, que conta com bares tradicionais da cidade como Amarelinho da Cinelândia, Bar da Portuguesa, o Jobi e a Adega Pérola.
O circuito identifica os locais característicos e tradicionais da boemia, afirmando o significado destes locais para a cultura carioca.
“Cada botequim da cidade realiza uma contribuição para nossa qualidade de vida, mesmo para quem não frequenta, porque promove um ambiente urbano com movimento, segurança, alegria e um lugar de encontro. No caso do bracarense, ele vem realizando isso desde 1961: gerando empregos e contribuindo para esse espírito carioca”, pontuou o secretário municipal de Planejamento Urbano, Washington Fajardo.
Circuitos do Patrimônio Cultural Carioca
Os Circuitos do Patrimônio Cultural Carioca deixaram de ser focados em arquitetura e passaram a abranger temas livres, ligados à cultura e à identidade da cidade. Com a instalação de uma placa informativa, a Prefeitura do Rio seleciona locais de destaque para cada tema. Em cada placa, os visitantes podem saber um pouco mais sobre o local e sua importância para a história da cidade e para o tema em questão.
São 21 circuitos com bens culturais espalhados por toda a cidade. Os circuitos estão divididos pelos temas Liberdade, Art-Déco, Cinemas, Trem, Botequins, Águas, Samba, Bossa Nova, Praça Tiradentes, Herança Africana, Choro e Negócios Tradicionais, entre outros.