Body piercer é presa por suspeita de cirurgias plásticas ilegais em GO
Segundo a polícia, Larissa Plaza fazia cirurgias plásticas na sala onde atendia, em Goiânia (GO). A mulher oferecia os serviços pelas redes
atualizado
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Goiânia – A body piercer Larissa Plaza Alves, de 35 anos, foi presa por realizar cirurgias plásticas ilegalmente, na capial goiana. De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), a mulher fazia procedimentos cirúrgicos sem autorização legal. Entre as cirurgias estavam correção de orelha de abano e orelha rasgada, retirada de queloides no rosto, correção de flacidez em orelhas e até na região umbilical.
Larissa (foto em destaque) foi presa nessa quinta-feira (9/3). Segundo a corporação, ela atua como body piercer há 14 anos e tem diversas certificações de cursos, a maioria delas no interior de São Paulo. Ela realizava os procedimentos cirúrgicos há, pelos menos, dois anos e divulgava os resultados nas redes sociais.
“Antes e depois”
Nas redes sociais, Larissa compartilhada o resultado do trabalho. Em seu perfil, existem diversas publicações dos procedimentos como “antes e depois”. A mulher dizia ainda que buscava elevar “a autoestima através da reconstrução de lóbulos”.
De acordo com a delegada responsável pela investigação do caso, Debora Melo, a mulher foi encontrada com produtos que “apenas médicos e profissionais da saúde” poderiam utilizar, como alguns tipos de anestésicos. À polícia, a mulher afirmou que “não tinha intenção de machucar ninguém'”.
Ainda de acordo com a investigado, no momento da prisão, Larissa se preparava para realizar uma otoplastia, que é a correção em orelha de abano.
No estúdio onde as cirurgias eram realizadas, a Vigilância Sanitária do Município de Goiânia constatou diversas irregularidades. A mulher foi presa em flagrante pelos crimes de exercício ilegal da medicina e execução proibida de serviço de alto grau de periculosidade (art. 65, CDC).
Alerta
A delegada ainda fez um alerta sobre o risco dos procedimentos. Segundo ela, algumas pessoas buscam por serviços mais baratos, no entanto, podem colocar a própria saúde e segurança em risco.
Após a prisão, foi arbitrada a fiança, mas como não foi paga, Larissa foi levada à Central de Flagrantes.
Orientação
Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) pediu atenção da população quando for realizar qualquer procedimento médico. “Atos médicos devem ser feitos por médicos regularmente inscritos no Cremego. Para verificar a inscrição do profissional, basta acessar o site do Conselho (www.cremego.org.br) e fazer consulta no ícone Busca por Médicos.”
Ainda de acordo com o órgão, a entidade “sempre divulga essas orientações visando proteger a saúde da população e é fundamental que as pessoas também façam a sua parte, observando a formação do profissional que vai atendê-las. Não coloque a sua saúde em risco: Medicina é com médico”.