BNDES fecha parcerias para alavancar projetos de manejo florestal
BNDES assina termo de cooperação e convênio com Ministério do Meio Ambiente e BID para viabilizar projetos de manejo florestal
atualizado
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou, nesta sexta-feira (3/5), no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), um acordo de cooperação técnica (ACT) com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) além de convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). As ações têm o objetivo de viabilizar projetos de concessão de unidades de conservação de uso sustentável que incluam restauração e manejo ambiental como atividade econômica.
Estavam presentes na solenidade a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, GaroBatmanian, e o representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento no Brasil, Morgan Doyle.
Por meio da cooperação com o SFB, o BNDES apoiará os projetos de concessão da Floresta Nacional de Bom Futuro, em Rondônia, com 17 mil hectares em desmatamento acumulado, e da Gleba João Bento (Rondônia e Amazonas), com 55.872 hectares em desmatamento acumulado.
Este é o primeiro projeto de concessão para restauração de área degradada com a obtenção de receitas a partir da venda do crédito de carbono ou dos produtos florestais gerados a partir do reflorestamento.
O BNDES também apoiará os projetos de concessão em estados. O banco já tem parceria com estado do Amapá e vai celebrar novas parcerias com Amazonas e Pará, para a concessão de florestas. A instituição já dispõe de R$ 3,5 milhões para realizar ações de apoio a estados em concessões, conforme autoriza portaria do Ministério da Fazenda.
“Vamos disponibilizar para o governo e para as populações das áreas qual o resultado dos estudos, quais são os investimentos, qual a receita, quantos empregos serão gerados e qual é a rentabilidade e a atratividade para quem vai investir”, explicou o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do Banco, Nelson Barbosa, acrescentando que o BNDES vai arcar com 100% dos estudos para as florestas na Amazônia, com investimentos de até R$ 30 milhões, para atrair mais projetos estaduais.
A ministra Marina Silva falou da importância da parceria. “Quando a gente dá o uso correto para a floresta, para a biodiversidade, para o uso da terra, para os nossos sistemas de produção, nós estamos tentando reverter o que leva à mudança do clima. E, com certeza, fazer restauração significa a gente dar uma dupla ou uma tripla contribuição. É a contribuição que nós vamos sequestrar carbono, é a contribuição porque nós vamos estabelecer formas inovadoras de manejo, é a contribuição que a gente vai gerar emprego e renda”, disse.
BID
Já o convênio entre BNDES e BID tem como objetivo apoiar a estruturação de projetos de parcerias em serviços de reflorestamento e gestão sustentável de florestas públicas na Amazônia brasileira. O BID destinará US$ 800 mil em recursos não reembolsáveis do Fundo Verde para o Clima, fundo internacional administrado pela instituição.
Esta é a segunda parte dos recursos oriundos da parceria entre as duas instituições com essa finalidade. Em janeiro deste ano, BID e BNDES assinaram acordo no valor de US$ 1 milhão para a estruturação de projetos em unidades de conservação na Amazônia, como a Floresta Nacional do Jamanxin (PA) e a Floresta Nacional de Anauá (RR), além do Parque Nacional de Anavilhanas e do Parque Nacional do Jaú, ambos no Amazonas.
Com informações do BNDES