BNDES expõe 50 maiores beneficiários de empréstimos do banco
No topo da lista aparece a Petrobras. Até novembro de 2018, a estatal teria sido contemplada com mais de R$ 60 bilhões em aportes
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) publicou nesta sexta-feira (18/1), na sua conta oficial no Twitter, uma lista que mostra os 50 maiores beneficiários de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Tão logo escolheu o novo dirigente da instituição, o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, o chefe do Executivo prometeu abrir o que chamou de “caixa preta” do banco.
A primeira colocada é a Petrobras. A estatal aparece no levantamento como receptora de R$ 62.429 bilhões em recursos por meio de financiamentos do banco. Outras subsidiárias da empresa pública também constam entre os maiores beneficiários.
Os dados expostos foram consolidados na data de 30 de novembro do ano passado e mostram outras gigantes da economia nacional, além de estados e municípios do país.
A maior beneficiária majoritariamente privada do banco foi a construtora Odebrecht, pivô do escândalo que ficou conhecido como “Petrolão” e foi revelado pela Operação Lava Jato. Apenas a empresa conseguiu um total de R$ 18 bilhões. O estado de São Paulo recebeu R$ 14 bilhões.
A arte exposta pelo presidente, no entanto, não detalha o período no qual os empréstimos foram contraídos. Somente a posição consolidada foi revelada.
Na mensagem, o presidente da República também inclui um link para uma página onde as pessoas podem ver quais os países mais contraíram empréstimos do BNDES.
Bolsonaro disse que divulgou as informações para que os cidadãos brasileiros tenham conhecimento sobre os países que usaram os recursos e os motivos dos empréstimos. Ele finaliza a postagem sugerindo: “Tire suas conclusões”.
Ainda vamos bem mais a fundo! BNDES divulga interessante link identificando os países que usaram os recursos financeiros do Brasil e os motivos dos empréstimos. Tire suas conclusões: https://t.co/kJKJXjenhI pic.twitter.com/HKaULyXHDG
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 18 de janeiro de 2019