metropoles.com

Blusinhas: Shein diz que imposto de 20% pode ser cobrado antes de 1º/8

Segundo a Shein, compras feitas em até dois ou três dias antes de 1º de agosto poderão ser tributadas com o novo imposto de importação

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Picture Alliance/Getty Image
Shein internet
1 de 1 Shein internet - Foto: Picture Alliance/Getty Image

Com a retomada da taxação de 20% aplicada às compras internacionais de até US$ 50 feitas em plataformas on-line, muitos consumidores brasileiros tentam se programar para evitar ter que pagar o imposto antes do prazo em que a medida passa a valer, em 1º de agosto.

Procurada pelo Metrópoles, a Shein, uma das plataformas de vendas mais populares, afirmou que, na prática, compras feitas em até dois ou três dias antes de 1º de agosto poderão ser tributadas com o novo imposto de importação.

Isso ocorre, ainda segundo a plataforma, devido ao intervalo entre o momento da compra e a emissão da Declaração de Importação de Remessa (DIR) — que não é feita imediatamente após o fim da transação; cada plataforma tem um tempo médio para emissão.

Confira a nota da Shein na íntegra:

“A Shein informa que seguirá rigorosamente a aplicação da legislação. É importante destacar que a vigência da nova alíquota do imposto de importação (I.I.) será a partir das 00:00h do dia 01 de agosto, a partir do registro da declaração de importação à Aduana (DIR). No entanto, a situação prática é de que compras feitas até dois ou três dias antes dessa data poderão ser tributadas com o novo imposto de importação já que existe um intervalo entre o momento da compra e a declaração à Aduana”.

O comunicado da Receita Federal

Anteriormente, a Receita Federal também havia alertado que as compras internacionais de US$ 50 feitas antes de 1º de agosto poderiam ser taxadas. O órgão explicou que após estabelecer as regras é obrigação das plataformas informarem os consumidores e se adequarem às mudanças na cobrança de impostos.

Em coletiva a jornalistas no Ministério da Fazenda, Fausto Viera Coutinho, subsecretário de Administração Aduaneira do Fisco, afirmou que “as plataformas precisam comunicar os seus clientes que isso é totalmente possível. Não é a partir de primeiro de agosto que ela vai fazer isso. É num momento anterior”.

De acordo com Coutinho, o processo de atualização dos serviços às novas regras da Receita “vai depender da eficiência, da agilidade, da plataforma para fazer a venda e trazer o bem para o país e registrar a declaração de importação”.

Por que isso ocorre?

Mesmo comprando antes de 1º de agosto, o consumidor poderá pagar os 20% de imposto sobre o valor total da mercadoria importada. Isso porque o governo federal não levará em conta a data de compra ou de chegada da mercadoria ao país, mas a data presente na declaração de importação à Receita Federal.

Isso significa que o imposto é computado após o registro dessa declaração, que é de responsabilidade das plataformas. Efetuada a compra, é necessário realizar o envio do registro para a Receita.

Vale ressaltar que não há um prazo médio para o encaminhamento do documento ao Fisco. Então, se a emissão da DIR não for feita antes do dia 1º de agosto, o imposto que não foi cobrado na nota fiscal da compra do produto será taxado pelo governo brasileiro.

Shopee diz estar trabalhando para seguir a nova regra

A Shopee, por sua vez, não informou o período que poderia ocorrer uma possível taxação e disse que trabalha para atender todos os requisitos da nova regra que estabelece a alíquota de 20% de imposto de importação em compras até US$ 50.

“Estamos trabalhando para atender todos os requisitos da nova regra que estabelece uma alíquota de 20% de imposto de importação para produtos de até US$ 50. Manteremos nossos consumidores informados sobre as mudanças decorrentes dessa medida”, diz nota enviada ao Metrópoles.

Taxação das blusinhas

A partir de 1º de agosto, os produtos internacionais de até US$ 50 (equivalente a cerca de R$ 270 na cotação de 11 de julho de 2024) receberão taxação de 20% (entenda o cálculo a seguir).

Nos moldes atuais, itens abaixo desse valor são isentos de impostos; enquanto os acima dos US$ 50 e de até US$ 3 mil (cerca de R$ 16,2 mil na cotação de 11 de julho de 2024) o consumidor terá de pagar imposto de 60% sobre o valor da compra.

Além dessa taxação padrão, em ambos os casos, será cobrado o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – imposto estadual – com alíquota de 17% sobre o valor final do produto.

De acordo com a Receita Federal, o cálculo da tributação das importações internacionais será feito da seguinte maneira:

– em importações de US$ 50

  • Aplicação do imposto: 20% x US$ 50 = US$ 10 (acréscimo no valor total da peça)

– em importações de US$ 200

  • Aplicação do imposto 1: 20% x US$ 50 = US$ 10
  • Aplicação do imposto 2: 60% x US$ 150 = US$ 90
  • Total a ser pago: US$ 10 + US$ 90 = US$ 100

Imagem mostra cálculo sobre taxação de compras on-line - Metrópoles

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?