metropoles.com

Blogueira golpista alega ameaça à família, mas juiz mantém prisão

Juiz alerta sobre risco de vida de Rayane na prisão. Antes de ser presa pela segunda vez, no dia 9, ela comemorou a liberdade com festa

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução Redes Sociais
Rayane Silva Sousa acusada de integrar grupo de golpistas e zombar da Justiça
1 de 1 Rayane Silva Sousa acusada de integrar grupo de golpistas e zombar da Justiça - Foto: Reprodução Redes Sociais

Rio de Janeiro – Ameaça à família, envergonhada e arrependida. Esses foram os principais argumentos da defesa de Rayane Silva Sousa, de 28 anos, integrante de uma quadrilha de influenciadoras e blogueiras acusadas de aplicar o golpe com cartões de crédito, para conseguir a soltura. No entanto, a justificativa não surtiu efeito na Justiça para liberá-la da prisão.

O juiz da 1ª Vara Criminal Especializada, Marcelo Rubioli, manteve a prisão do grupo em decisão desta quinta-feira (16/9). O magistrado ainda alertou à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) sobre o risco à integridade física de Rayane, que está presa na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte.

4 imagens
As estelionatárias Mariana Serrano, Gabriela Vieira, Rayane Sousa, Anna Carolinas e Yasmin Navarro
Anna Carolina de Sousa Santos, uma das acusadas de integrar grupo de blogueiras golpistas
Parte da quadrilha de influenciadoras
1 de 4

Rayane Silva Sousa, acusada de integrar quadrilha de blogueiras golpistas

Reprodução
2 de 4

As estelionatárias Mariana Serrano, Gabriela Vieira, Rayane Sousa, Anna Carolinas e Yasmin Navarro

Divulgação
3 de 4

Anna Carolina de Sousa Santos, uma das acusadas de integrar grupo de blogueiras golpistas

Montagem/Reprodução
4 de 4

Parte da quadrilha de influenciadoras

Montagem/Reprodução

No processo, a defesa de Rayane anexou uma mensagem de WhastApp na qual uma pessoa ainda não identificada afirma que se “as meninas se f*” “Culpa dessa p* que vocês postaram na internet. Aí vai ser resolvido de outra forma”.

O texto, sem data, mas com horário de 11h13 da manhã, se refere a um vídeo publicado nas redes sociais no dia 27 julho, logo após Rayane e as outras quatro acusadas serem soltas. Nas imagens, a blogueira comemorava com festa regada a champanhe, caipirinha, salgadinhos e doces.

Os advogados de Rayane depositaram em conta judicial R$ 3.519,12, valor que alegam que a acusada adquiriu com os golpes. À época, a blogueira e suas comparsas foram soltas por ordem judicial, porque o Ministério Público do Rio de Janeiro não havia apresentado denúncia contra elas. A quadrilha havia sido detida no dia 7 de julho, em um apartamento no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste.

Nova prisão

A comemoração foi vista pelo juiz como conduta que “zombava da Justiça” e ele mandou prender o grupo novamente em decisão do dia 13 de agosto. Três dias depois, Anna Carolina de Sousa Santos, de 32 anos, se entregou à polícia. A blogueira está presa no Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo de Gericinó, em Bangu, também na zona oeste.

No dia 9 de setembro, a defesa de Rayane informou ao Metrópoles que ela havia se entregado à Justiça. No entanto, consta no processo um registro de ocorrência apontando que ela foi presa por agentes da 51ª DP (Paracambi), cidade da Baixada Fluminense. Os policiais chegaram até a blogueira com base em informações recebidas pela delegacia que permitiram a localização.

Foragidas, as defesas de Gabriela Silva Vieira, 20 anos, Mariana Serrano Oliveira, 27, e Yasmin Navarro, 25, também não conseguiram convencer a Justiça de que o trio é inocente. Eles alegaram que há irregularidades nas investigações e que elas poderiam ter as prisões revogadas. Os argumentos foram negados.

Golpes

De acordo com denúncia do Ministério Público, o grupo é acusado dos crimes de estelionato e organização criminosa por aplicar o “golpe do cartão de crédito”. Nas redes sociais, as blogueiras ostentavam uma vida de luxo.

Segundo as investigações, elas conseguiam os dados bancários das vítimas de maneira ilegal. Através de uma espécie de central de telemarketing, as golpistas ligavam para as vítimas e informavam supostas irregularidades, como a clonagem dos cartões.

Convencidas de terem sofrido algum tipo de fraude, as vítimas repassavam senhas e dados pessoais. A quadrilha chegava a enviar um motoboy à casa da pessoa para pegar o suposto cartão fraudado. Com os dados da vítima, as acusadas faziam saques, transferências, empréstimos e compras.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?