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Blocos de rua em São Paulo e Rio criticam liberação a festas privadas

No Rio e em São Paulo, organizadores de blocos criticam cancelamento do Carnaval nas ruas enquanto proliferam festas fechadas

atualizado

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Fernando Maia | Riotur
Carnaval de rua no Rio em 2020
1 de 1 Carnaval de rua no Rio em 2020 - Foto: Fernando Maia | Riotur

São Paulo e Rio de Janeiro – Os feriados de Carnaval no Rio e em São Paulo estão confirmados e as festas fechadas, autorizadas. E por que então permitir aglomerações em espaços privados mas manter a proibição aos blocos de rua? Esta é a pergunta que motiva as críticas dos responsáveis pela organização da folia de rua nos últimos anos.

“O sentimento é de abandono por parte da prefeitura no quesito assistência. Desconsideram o impacto que o Carnaval de rua tem”, lamenta Zé Cury, coordenador do Fórum Aberto dos Blocos de Carnaval SP.

Após a ausência do Carnaval de rua em 2020 e 2021, os organizadores dos blocos esperavam obter algum tipo de aval para a festa diante do declínio da curva de contágio da Covid, constatado nas últimas semanas.

“A presença de um Carnaval movimenta a comunidade para tudo. O bloco emprega diversas pessoas. É uma cadeia de serviços. O cancelamento afeta muita gente”, pondera Cury.

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Carnaval de rua em São Paulo
Bloco de carnaval desfila em São Paulo
Autoridades cancelaram a festa de rua em janeiro, quando houve pico de transmissão de Covid no país
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Carnaval de rua no Rio é um dos mais tradicionais do país

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Carnaval de rua em São Paulo

Secretaria de Cultura de SP
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Bloco de carnaval desfila em São Paulo

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Autoridades cancelaram a festa de rua em janeiro, quando houve pico de transmissão de Covid no país

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O Fórum concordou com o cancelamento por reconhecer os riscos ainda existentes nesta pandemia. Entretanto, o coordenador ressalta que não houve um plano B, uma tentativa de se chegar a uma solução dentro de protocolos de segurança.

“Todos os blocos pequenos foram prejudicados, mas nem por isso gostaríamos de desfilar no estado que estão as coisas hoje. A gente não pôs o bloco na rua. Só que não existe fiscalização em cima de eventos abusivos. Simplesmente não existe. Fomos injustiçados quando se constata que o Carnaval privado está rolando solto”, avaliou Cury.

“As justificativas são esdrúxulas porque a gente vê que está acontecendo todo tipo de evento nesse tempo em todas as partes”, diz Ângelo Mathias, administrador de uma página do Facebook voltada para fãs dos blocos de rua que soma mais de 200 mil seguidores. “Eventos tão grandes ou maiores que os das escolas de samba não foram cancelados ou adiados.”

Festas fechadas

Com as proibições de eventos públicos, as festas e shows privados ganharam popularidade com grande adesão dos foliões.

Com capacidade limitada devido às restrições, a programação de Carnaval em São Paulo inclui de show com artistas famosos a festas de blocos em locais fechados. No Rio, o roteiro também prevê dezenas de eventos privados por toda a cidade.

As prefeituras de São Paulo e Rio estabeleceram a exigência do comprovante de vacinação nas festas e eventos particulares.

E nas duas capitais, as autoridades prometem fiscalizar eventos ilegais ou aqueles que descumpram as regras sanitárias estabelecidas.

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