Bicheiro Rogério de Andrade é preso no Rio
Novo mandado de prisão foi expedido pela Justiça nesta quinta-feira (4/8). Filho do contraventor foi preso pouco antes
atualizado
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Rio de Janeiro – O bicheiro Rogério de Andrade foi preso após ter um novo mandado de prisão decretado pela Justiça do Rio nesta quinta-feira (4/8). A determinação é da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital.
O novo pedido foi feito pelo Ministério Público do Rio, depois do bicheiro ter um mandado anterior revogado pelo ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última segunda-feira (1º/8).
Documentos apreendidos, nesta quinta-feira, em operação do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e da Polícia Federal (PF), revelam “uma sistemática cadeia de corrupção mantida de forma persistente mesmo após a deflagração da operação Calígula”.
Rogério de Andrade estava foragido desde a Operação Calígula, que prendeu os delegados Marcos Cipriano e Adriana Belém. Também nesta quinta-feira, foi preso seu filho, Gustavo de Andrade. Os dois foram encontrados pela Polícia Federal em Itaipava, na região serrana do Rio.
“A superveniência de novos elementos de prova, que dizem respeito a fatos absolutamente contemporâneos e, inclusive, alguns ocorridos após o julgamento da Reclamação pelo STF, proporciona um juízo positivo, em sede de cognição sumária, acerca da atualidade do risco a ordem pública, bem como para conveniência da instrução criminal, tudo decorrente da existência de fatos gravíssimos e surpreendentemente recentes”, diz trecho da decisão.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Rogério de Andrade já deu entrada em unidades prisionais outras quatro vezes, sendo duas em 2007, uma em 2008 e outra em 2018.
Gustavo de Andrade
Filho do contraventor, Gustavo de Andrade foi preso no condomínio residencial Vale do Sossego, em Itaipava, Petrópolis, região serrana do Rio, pouco antes de seu pai ser detido. Os dois foram alvo da Operação Calígula, do Ministério Público, realizada em 1o de maio.
De acordo com a denúncia do MPRJ, Rogério ampliava seus negócios de jogos de azar em vasta área geográfica e tem atribuído a ele crimes como corrupção ativa, extorsão, lavagem de dinheiro, ameaça, homicídio, dentre outros.
Gustavo, por sua vez, esteve à frente da organização criminosa “nos raros episódios em que seu pai esteve preso”. Segundo a denúncia, Gustavo era tratado por outros integrantes como “príncipe regente”, “filho”, ou “zero dois”.