Bicheiro Rogério Andrade coloca tornozeleira eletrônica
Tornozeleira eletrônica faz parte das medidas cautelares impostas pelo STJ após a corte aceitar o habeas corpus apresentado por Andrade
atualizado
Compartilhar notícia
O bicheiro Rogério Andrade esteve, nesta segunda-feira (26/12), na Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro (Seap) para colocar a tornozeleira eletrônica, conforme medidas cautelares determinadas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Jorge Mussi, segundo informações do jornal Extra.
Na última semana, Mussi determinou a suspensão da prisão preventiva de Rogério Andrade e a adoção de medidas cautelares diversas. Com a decisão, o bicheiro não poderá manter contato com os demais réus em seu processo, deixar o Rio de Janeiro, além de comprovar, de forma periódica, as suas atividades realizadas sob risco de voltar para a prisão.
Uma investigação do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e da Polícia Federal (PF) obteve documentos que revelaram “uma sistemática cadeia de corrupção mantida de forma persistente, mesmo após a deflagração da Operação Calígula”.
A Operação Calígula tem como objetivo reprimir as ações de uma organização criminosa comandada pelo bicheiro Rogério e seu filho Gustavo Andrade, que operava jogos de azar no Rio de Janeiro.
Andrade estava preso desde agosto deste ano após uma decisão da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Na época, o bicheiro estava foragido da Polícia Federal após desdobramentos da Operação Calígula, que prendeu os delegados Marcos Cipriano e Adriana Belém.
A defesa do bicheiro recorreu da prisão no Tribunal de Justiça do Rio, que negou o habeas corpus. Entretanto, os advogados de Rogério obtiveram a determinação da sua soltura no STJ que entendeu que não ficou provado nos autos a necessidade de manter a prisão preventiva.