Bicheiro de festa no Copacabana Palace acabou na mira da PF
Adilson Coutinho organizou aniversário em tradicional hotel carioca; ele é alvo de mandado de prisão em investigação de força-tarefa
atualizado
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Rio de Janeiro – No último dia 14 de maio, o bicheiro Adilson Oliveira Coutinho chamou atenção ao promover uma festança no Copacabana Palace para celebrar seu aniversário, com direito a show de Gusttavo Lima para 500 convidados.
Nesta quinta-feira (24/06), 40 dias após o evento, o nome de Adilson Coutinho voltou a aparecer novamente, mas desta vez em um dos 40 mandados de prisão de uma operação conjunta da Polícia Federal com o Ministério Público do Rio.
Ele está entre os suspeitos de participar de um grupo criminoso que impôs pela violência um monopólio em vendas de cigarros em diversas áreas do estado do Rio. Seus alvos são pequenos e médios comerciantes, que acabam obrigados a vender apenas a marca de tabaco negociada pela quadrilha.
Adilson Coutinho tem laços com a escola de samba Grande Rio e se tornou uma figura conhecida. Sua festa no Copacabana Palace, noticiada com exclusividade pelo Metrópoles, também teve entre os convidados artistas como Alexandre Pires e Mumuzinho.
O bicheiro é primo de Hélio Ribeiro de Oliveira, o Helinho, presidente de honra da escola de samba Acadêmicos do Grande Rio.
A organização investigada pela força-tarefa se identifica como “Banca da Grande Rio” – que seria uma referência à escola de samba.
Além de Adilson, houve ordem de prisão em nome de seu irmão Cláudio Nunes Coutinho.
Batizada de Operação Fumus, a ação desta quinta envolveu 40 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão. Todos expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.