Belo Horizonte tem ar 10 vezes mais poluído que o recomendado pela OMS
Partículas de poluição são potenciais causadoras de doenças. A qualidade do ar deve ficar comprometida até o próximo sábado (7/9)
atualizado
Compartilhar notícia
O ar de Belo Horizonte (MG) está pelo menos 10 vezes mais poluído do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é o que revela o monitoramento da empresa suíça IQAir, que acompanha a qualidade do ar em várias cidades do mundo por satélite. A qualidade do ar deve ficar comprometida até o próximo sábado (7/9).
Os dados da IQAir mostram que a concentração das partículas PM2.5 ou MP2.5 – originadas de queimas de combustíveis, queimadas e incêndios florestais – está variando entre 35,9 e 58,8µg/m³ desde o início da semana. O recomendado pela OMS é que esse número fique entre 5 e 15µg/m³. Essas partículas podem chegar aos pulmões e na corrente sanguínea, e são potenciais causadoras de doenças.
Em BH o monitoramento do ar é feito pelo Núcleo de Monitoramento da Qualidade do Ar e Emissões da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Os dados são coletados em estações localizadas na PUC Barreiro e PUC São Gabriel.
O governo analisa, entre outros aspectos, a concentração do chamado PM10 no ar, em uma escala de 0 a 200 – quanto maior o número, maior a quantidade de partículas e pior a qualidade do ar. Na terça-feira (3/9), esse levantamento apontou que a qualidade do ar ficou entre ruim e muito ruim, variando nas escalas 119 e 149.
Nas primeiras horas de quarta-feira (4/9) foi quando a situação do ar esteve mais crítica e insalubre para todos. Nesse dia, a temperatura na cidade chegou a 34,8° C com umidade relativa do ar em 13%. Em períodos de seca, há maior inserção de poluentes na camada baixa da atmosfera.
Nesta quinta-feira (5/9), a previsão é de que os termômetros variem entre 18° C e 35° C e a umidade relativa do ar pode chegar a 10%.