Bets: dinheiro do Bolsa Família é para combater a fome, diz ministro
Wellington Dias afirmou que a regulamentação das bets vai levar em consideração aspectos sociais para proteger famílias vulneráveis
atualizado
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O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou nesta quarta-feira (25/9) que a regulamentação dos jogos de aposta no Brasil, as chamadas bets, vai levar em consideração aspectos sociais e de proteção à população mais vulnerável.
O chefe da pasta ressaltou que os recursos de benefícios sociais, como o programa Bolsa Família, devem ser voltados ao combate à fome e a atender necessidades básicas da população.
Estudo divulgado pelo Banco Central (BC) aponta que pelo menos 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família tenham gastado R$ 3 bilhões em empresas de apostas esportivas por meio do Pix. O levantamento é referente apenas a agosto.
“Sendo uma informação que se tornou pública por parte do Banco Central, solicitei informações ao Ministério da Fazenda. Como é do conhecimento público, há proposta em andamento para regulamentação das bets e, certamente, a situação das pessoas mais vulneráveis e outros aspectos sociais serão considerados quando da regulamentação”, pontuou Dias.
“O Bolsa Família transfere um dinheiro livre para a família e tem por objetivo combater a fome e atender a necessidades básicas de pessoas em situação de insegurança alimentar e outras vulnerabilidades. Tudo faremos para manter esses objetivos”, reforçou.
No caso do Bolsa Família, para ser incluída, a pessoa deve ter renda mensal de até R$ 218 (condição de pobreza) e estar registrada no Cadastro Único (CadÚnico).
Segundo o Banco Central, dos beneficiários do Bolsa Família, 4 milhões são chefes de família (quem de fato recebe o benefício) e enviaram R$ 2 bilhões (67%) por Pix para as bets.