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Beneficiários do CadÚnico são maioria nas contratações formais em 2024

Do total de contratações realizadas entre janeiro e setembro de 2024, 75,43% foram de inscritos do CadÚnico, aponta estudo da FGV

atualizado

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Carteira de trabalho e dinheiro de salário mínimo -- Metrópoles
1 de 1 Carteira de trabalho e dinheiro de salário mínimo -- Metrópoles - Foto: Wey Alves/Metrópoles

A população de baixa renda está tendo mais acesso ao trabalho formal. É o que mostra o estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Do total de contratações realizadas entre janeiro e setembro de 2024, 75,4% foram de inscritos do CadÚnico e 54,4% de beneficiários do Bolsa Família.

Dos 1,98 milhão de empregos formais criados no período, os inscritos no CadÚnico contribuíram com aproximadamente 1,5 milhão de vagas. Já os beneficiários do Bolsa Família somaram mais de 1 milhão de admissões.

Além da capacitação, as empresas entrevistadas destacaram no estudo a importância da Regra de Proteção para ampliar a inclusão produtiva de indivíduos em situação de vulnerabilidade e superação da pobreza.

Criada em 2023, a medida prevê que famílias que tiverem um aumento da renda mensal acima de R$ 218 por pessoa sigam acompanhadas e recebendo benefícios. Para isso, esse aumento de renda não pode ultrapassar meio salário mínimo por indivíduo da família. Os beneficiários que ingressaram na Regra de Proteção passam a receber 50% do valor regular do Bolsa Família, por um período de até 24 meses.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou que a pasta está trabalhando para ampliar as oportunidades de emprego e renda para toda a população, com foco na qualificação profissional, na geração de renda e na inclusão social. “A Regra de Proteção é fundamental porque assegura que as famílias possam aumentar a sua renda formal mensal, a sua renda per capita familiar e não percam o benefício”, completou.

Setor e porte de empresas

As empresas de médio e grande foram responsáveis por mais de 1 milhão de postos de trabalho formal. Dentre eles, 828 mil contratações foram oriundas de inscritos no CadÚnico e 583 mil do Bolsa Família. Já as microempresas foram responsáveis por 564 mil vagas, das quais 411 mil foram referentes ao CadÚnico e 304 mil ao Bolsa Família.

A pesquisa indica ainda que o setor de serviços, com destaque para atividades relacionadas à saúde, educação, transporte e serviços de escritório, foi o principal responsável pela geração de empregos, com mais de 1 milhão de postos. Entre os inscritos no CadÚnico, contribuiu com um saldo de 710 mil empregos. Para os beneficiários do Bolsa Família o saldo atingiu 483 mil.

Janeiro de 2023 a setembro de 2024

O percentual de vagas ocupadas pelo público do CadÚnico e Bolsa Família é ainda mais significativo no período entre janeiro de 2023 e setembro de 2024. Dos mais de 3,4 milhões de empregos gerados, 91,5% foram para inscritos do CadÚnico (o equivalente a cerca de 3,1 milhões) e 71,1% ( ou aproximadamente 2,4 milhões) para beneficiários do Bolsa Família.

O estudo analisou o perfil de contratações no mercado de trabalho formal brasileiro, considerando empresas registradas no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com ênfase nos trabalhadores inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e beneficiários do Bolsa Família.

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