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Belford Roxo: traficante mandou suspeito de sumir com crianças jogar sacos em rio

Meninos desaparecidos na Baixada Fluminense (RJ) teriam sido espancados e mortos por ordem de José Carlos dos Prazeres Silva, o Piranha

atualizado

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meninos desaparecidos Belford Roxo
1 de 1 meninos desaparecidos Belford Roxo - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – No mesmo dia em que os meninos desaparecidos de Belford Roxo teriam sido mortos e jogados em um rio da região, na Baixada Fluminense, o homem que teria arremessado os sacos com os corpos dos garotos de uma ponte recebeu a missão durante encontro com traficantes na saída de um bar no Morro do Castelar. De acordo com o depoimento prestado pelo irmão do suspeito na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), o irmão saiu com os bandidos e voltou uma hora e meia depois.

Após alguns dias, o irmão teria contado à testemunha que a tarefa era ajudar a desaparecer com os corpos das três crianças, segundo o Extra. Ele procurou a delegacia na quarta-feira (28/7) e contou que os garotos teriam sido mortos após serem espancados por ordem do criminoso José Carlos dos Prazeres Silva, o Piranha, que tem a prisão decretada por tráfico. A motivação seria o furto de uma gaiola de passarinho praticado por um dos meninos.

Os corpos, segundo a testemunha, foram arremessados na localidade conhecida como Ponte de Ferro 38, no Bairro Amapá, no limite entre os municípios de Belford Roxo e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O ponto indicado fica em um lugar ermo, próximo ao Arco Metropolitano, e é considerado como área de desova de cadáveres.

O irmão do denunciante, que teria jogado os corpos no rio, também foi ouvido pela polícia. Ele não confessou o crime, mas admitiu ter cumprido ordens de traficantes, arremessando sacos no rio sem ter conhecimento do conteúdo. O delegado Uriel Alcântara, da DHBF, solicitou a prisão do homem, mas a Justiça não deferiu o pedido, e o suspeito continua em liberdade. A denúncia também pode ter sido motivada por uma rixa familiar entre os irmãos.

Buscas

A Polícia Civil fará buscas, com a participação de força especializada nesta varredura, como militares do Corpo de Bombeiros, na área apontada pela testemunha, para tentar identificar os paradeiros dos corpos ou sinais de vida de Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12. O trio sumiu dia 27 de dezembro de 2020 e foi visto pela última vez em uma feira do Bairro Areia Branca, também em Belford Roxo. Os meninos ainda foram flagrados por uma câmera de segurança quando estavam a caminho da feira.

A Polícia Civil segue investigando o caso. Em nota , a corporação informa que “um homem se apresentou no 39º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Belford Roxo e acusou o próprio irmão por envolvimento no desaparecimento” dos garotos, que teriam sido mortos por traficantes da comunidade Castelar. “Após a declaração, o acusado foi detido pela PM, e os dois foram ouvidos por agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Em depoimento na unidade policial, ele negou as acusações feitas pelo irmão”, diz o texto.

Ainda de acordo com a nota, “a DHBF informa que buscas serão realizadas na possível área para onde os corpos das crianças teriam sido levados”.

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