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Bebianno diz que não vai pedir demissão em conversa com Bolsonaro

O ministro vai conversar com o presidente nesta quinta-feira (14/2) e já garantiu que não entregará os pontos à situação

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Em foto colorida, o ex-ministro Gustavo Bebianno com Jair Bolsonaro
1 de 1 Em foto colorida, o ex-ministro Gustavo Bebianno com Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução/Facebook

Gustavo Bebianno vai falar com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) nesta quinta-feira (14/2) e disse estar firme no propósito de não pedir demissão. “O que chamam de inferno eu chamo de lar”, disse o secretário-geral da Presidência ao BR18.

“Não tenho essa intenção [de me demitir] porque não fiz nada de errado. Meu trabalho continua sendo em benefício do Brasil. O presidente, se entender que eu não deva mais continuar, ele certamente vai me comunicar. Mas tenho que minha relação com ele sempre foi a melhor possível, da minha parte tudo foi feito com honestidade e correção. Vamos esperar para ver o que acontece”, declarou Bebianno a GloboNews na noite dessa quarta-feira (13).

Bebianno trabalha com a possibilidade de Bolsonaro demiti-lo. Nesse caso, ele vai querer ouvir o motivo. O secretário-geral também cogita a hipótese de que o presidente tenha refletido melhor. O que não topará será entregar os pontos.

Entre reminiscências do período em que esteve com Bolsonaro, o secretário-geral lembra de que o pai foi internado na UTI em novembro de 2017 e morreu em março de 2018, sem que o presidente estivesse ao lado dele, pois estava na pré-campanha. O pai o teria liberado: “Vá cumprir sua missão”.

O caso
Carlos Bolsonaro usou o Twitter para desmentir Bebianno, ao dizer ter conversado três vezes com o presidente por telefone sobre as denúncias de que o PSL colocou laranjas como candidatas para desviar dinheiro do fundo eleitoral na eleição do ano passado. À época, Bebianno presidia o PSL. A intenção do ministro com a declaração era mostrar que não havia crise instalada no governo com o caso, revelado pelo jornal Folha de S.Paulo.

A postagem de Carlos sobre a “mentira absoluta” de Bebianno foi posteriormente compartilhada por Jair Bolsonaro. Ainda na noite de quarta, o presidente confirmou à RecordTV que, caso seja comprovado o envolvimento do ministro no esquema, o destino dele será “voltar às suas origens”.

Alguns poucos áudios
À Globonews, Bebianno negou ter mentido sobre os diálogos com o chefe do Executivo. “Mantive contatos com o presidente, como eu já disse. Tratamos de um assunto institucional e de um outro relacionado à viagem ao Pará. (…) Contato houve, por WhatsApp, alguns poucos áudios”, afirmou.

Bebianno disse ainda que recebeu as notícias sobre as postagens nas redes sociais com “certa tristeza e perplexidade” e não entrará na discussão com Carlos. “Enquanto ministro de Estado, vou manter a minha postura e liturgia inerente à função. Não comento esse tipo de coisa”, frisou.

Sobre a acusação de repasse a uma candidata laranja do PSL na última eleição, enquanto Bebianno era presidente do partido, o ministro negou irregularidades e afirmou que seria “humanamente impossível” saber se determinado candidato do partido teria condições de se eleger ou não.

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