Bebianno: capitão Adriano é “fantasma” para a família Bolsonaro
Ex-ministro e ex-aliado do presidente avalia que morte de miliciano ligado aos Bolsonaro “é estranha, parece queima de arquivo”
atualizado
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Para o ex-secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, a investigação em torno da morte do ex-PM Adriano da Nóbrega, acusado de chefiar a maior milícia do Rio de Janeiro, vai perseguir o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sua família.
“O PT tem um fantasma chamado Celso Daniel e a família Bolsonaro tem um grande fantasma chamado capitão Adriano”, disse o ex-ministro, que concede entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (02/02).
Bebianno, que era aliado de Bolsonaro durante a campanha de 2018, contou nunca ter visto o ex-PM, que foi expulso da corporação, mas ganhou homenagens do então deputado estadual pelo Rio Flávio Bolsonaro, hoje senador, filho do presidente. “Mas era um nome que eu ouvia nos ambientes, como alguém com quem se tinha amizade”, conta.
Para o ex-ministro, a morte de Adriano em um suposto confronto com PM da Bahia e do Rio, no interior do estado nordestino, “é estranha, parece queima de arquivo“. O advogado disse, porém, não saber a quem poderia interessar essa morte. “Mas é preciso, para o Brasil, ter uma investigação séria.”