Bebê que teria sido decapitada em parto é enterrada em Minas Gerais
A morte da bebê é investigada pela Polícia Civil. Ela supostamente teve a cabeça arrancada durante o trabalho de parto em hospital de BH
atualizado
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O corpo da bebê Emanuelly Vitória, que supostamente teve a cabeça arrancada durante o parto em Belo Horizonte (MG), foi liberado e enterrado pela família nesta quarta-feira (24/5), em Ribeirão das Neves (MG). O corpo estava há quase três semanas no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte.
A família da bebê conversou com o jornal O Tempo e disse que, mesmo após a demora, o corpo de Emanuelly estava conservado. “Ela estava linda, é linda. Estava parecendo uma bonequinha de louça”, contou a tia da bebê, Aryane Santos, de 32 anos.
“Fizemos uma despedida pequena e rápida, porque a minha sobrinha tinha ficado semanas no IML. Então, agilizamos assim que o corpo foi liberado”, contou Aryane.
O enterro ocorreu na manhã desta quarta em Ribeirão das Neves, onde a família mora. Ainda segundo informações do jornal, a mãe de Emanuelly chegou a passar mal durante a cerimônia, que emocionou todos os parentes.
O laudo realizado pela Polícia Civil ainda não está disponível e deve cumprir o prazo de 30 dias de produção, que se encerra na próxima semana.
Entenda
A morte da bebê é investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais. Emanuelly teria sido decapitada no momento do parto no Hospital das Clínicas, no bairro Santa Efigênia, região centro-sul de Belo Horizonte, em 1º de maio. A mãe estava grávida de apenas 28 semanas.
A mãe registrou ocorrência dois dias após a morte da filha. Ao BHAZ, parceiro do Metrópoles, Aline Fernandes, advogada da família, contou que o feto tinha má-formação no pulmão. Por isso, os profissionais avaliaram que ele corria risco de vida e decidiram pelo parto prematuro.
Ranielly disse à equipe que desejava uma cesárea e que, inclusive, tinha recomendação médica para isso. Quando questionou o que era parto induzido, os profissionais teriam somente afirmado que “seria como ela queria”.
Em determinada hora durante o trabalho de parto, a médica teria subido na barriga da mulher grávida para puxar a criança. Foi nesse momento que o bebê teria sido decapitado.
O Hospital das Clínicas informou que um procedimento foi aberto para investigar o caso. “Durante a internação, a gestante evoluiu para agravamento do seu quadro clínico, com elevação da pressão arterial e edema generalizado. Devido à gravidade do quadro materno e à inviabilidade fetal, o corpo médico optou pela indução do parto”, explicou o hospital.