Bebê nasce após mãe ser arremessada de caminhão em acidente em SP
Gestante viajava como carona no veículo e morreu no acidente, logo após dar a luz. Corpo ainda não foi identificado
atualizado
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Um bebê do sexo feminino nasceu em meio a um acidente automobilístico em que a barriga de sua mãe gestante foi atingida pela carga de um caminhão. O desastre ocorreu tarde da quinta-feira (26/7), na rodovia Régis Bittencourt (BR-116), no interior de São Paulo (SP). A criança foi resgatada em meio às vísceras da mãe, alvo de pranchas de madeira processada do veículo.
O médico responsável pelo atendimento do bebê na rodovia e os profissionais de saúde que receberam a criança no hospital falaram o acidente. Na tarde desta sexta-feira (27/7), o bebê, uma menina, permanecia internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Regional de Pariquera-Açu em bom estado de saúde. O corpo de sua mãe ainda não havia sido identificado.
A mulher, em gestação adiantada, viajava de carona com o motorista do caminhão, no sentido Curitiba-São Paulo, quando o veículo capotou. A gestante foi projetada para fora da cabine e acabou esmagada pela carga. O médico responsável por atender a concessionária da rodovia, Elton Fernando Barbosa, ainda se emociona quando conta o que viu quando chegou ao local.
“Era um acidente grave e havia relato de uma pessoa morta. Ao chegar, vi o motorista ferido, mas ele foi atendido pela equipe básica. Segui em busca da vítima fatal sob a madeira, quando ouvi um choro de bebê. Foi uma apreensão total, pois não havia relato de outra vítima.”
Ele conta que, ao remover parte da madeira, encontrou o corpo da mulher bastante ferido, mas o bebê chorava em meio ao sangue. Rapidamente, ele liberou o corpo, cortou o cordão umbilical e providenciou a condução da criança, de ambulância, ao hospital.
“Ela estava perfeita, saudável, sem um arranhão. Podemos classificar que, naquelas circunstâncias, foi realmente um milagre ela ter sobrevivido”, destacou.
O motorista Jonathan Ferreira também foi levado ao hospital de Pariquera-Açu. Ele disse aos socorristas que não conhece a mulher e apenas havia dado carona a ela.
Nesta sexta, o corpo da mãe permanecia no Instituto Médico Legal (IML) de Registro à espera de identificação e de que algum familiar fosse localizado. Se nenhum parente se apresentar, o Conselho Tutelar de Pariquera-Açu vai encaminhar o caso à Justiça para decidir o destino da criança.