Bebê é espancado até a morte em Goiás; mãe e padrasto são suspeitos
Conforme a polícia, vítima de três anos de idade era espancada dentro de casa e teve hemorragia interna, após levar socos na barriga
atualizado
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Goiânia – Mãe e padrasto foram presos em flagrante pela Polícia Civil de Goiás suspeitos de terem participado da morte de um bebê, de apenas três anos de idade. A vítima morreu em Trindade, região metropolitana da capital goiana, na madrugada desta terça-feira (14/9).
Segundo as investigações, a criança era espancada pela mãe, de 23 anos, com consentimento do padrasto, de 27. O bebê foi agredido com socos no último domingo (12/9) e acabou sofrendo uma hemorragia interna, de acordo com a delegada Silvana Nunes.
A criança só foi levada para o médico na noite de segunda-feira (13/9), depois que o pai do padrasto alertou que ela estava machucada e abatida. O casal levou a vítima até a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Trindade II e alegou que ela teria caído em um parquinho.
Um dos médicos que atendeu a criança, percebeu que as lesões no corpo da vítima não eram condizentes com a versão contada pelo casal. A mãe e o padrasto passaram a dizer então que o irmão da vítima, de seis anos, teria batido nela.
Morte na madrugada
Durante a madrugada, a criança teve insuficiência respiratória, chegou a ser intubada, mas não resistiu. O médico acionou a Polícia Militar, que levou o casal até a delegacia de Trindade.
“Ao final da entrevista com o casal, a mãe acabou por confessar que no domingo espancou a menina. Ela confessou que deu murros no abdome e costas na criança de três anos, alegando que estava corrigindo a menina porque era muito teimosa”, relata a delegada Silvana Nunes.
O laudo de necrópsia no corpo da criança revela que ela foi submetida a lesões contundentes na região abdominal, o que provocou o rompimento de veias intestinais. Também havia lesões nos braços e cabeça.
“A criança apresentava lesões no corpo típicas de maus-tratos que vinham ocorrendo com frequência, lesões antigas e recentes. Compreendemos que essas crianças eram submetidas de forma contínua a intenso sofrimento físico”, avalia Silvana Nunes.
Duas vítimas
O irmão da vítima, de 6 anos, foi ouvido pelo Conselho Tutelar e afirmou que apanhava sempre porque era “um menino teimoso”. Os conselheiros procuram um familiar para acolher o garoto. Ele também tinha lesões típicas de espancamento e vai passar por atendimento psicológico.
A mãe e o padrasto estão presos e devem passar por audiência de custódia. A mãe está presa em Aparecida de Goiânia e o padrasto em Trindade. Eles vão responder por tortura com resultado morte.