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Bebê de 2 meses é espancado pelo pai por chorar demais; estado é grave

Criança chegou ao hospital com afundamento de crânio, fratura de costelas e mordidas pelo corpo. Pai confirmou as agressões

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Bebê de 2 meses é espancado pelo pai
1 de 1 Bebê de 2 meses é espancado pelo pai - Foto: Reprodução

Um bebê de apenas 2 meses está internado em estado grave no Hospital Armando Vidal, em São Fidélis (RJ), após ter sido espancado pelo próprio pai por “chorar demais”. O caso aconteceu nesta sexta-feira (2/4). As informações são do portal G1.

Segundo a Polícia Civil, o próprio pai de 20 anos confessou ter agredido o filho, e disse em depoimento que o fez porque a criança estava “chorando demais”.

O bebê foi levado ao hospital pela mãe e seu agressor. O casal foi levado à 141ª DP, em São Fidélis, após a equipe médica do hospital ter constatado lesões corporais visíveis e recentes, mas foram encaminhados para a central de flagrantes na 134ª DP, em Campos.

Segundo responsáveis pelo atendimento do bebê, a criança chegou ao hospital com diversas lesões, como afundamento de crânio, fratura de costelas e mordidas pelo corpo, inclusive em estágios diversos de evolução, o que, segundo a polícia, tende a caracterizar a denominada síndrome de Silverman, mais conhecida como síndrome da criança espancada.

Antes de o pai confessar o crime, a mãe, de 21 anos, chegou a dizer que ela e o bebê teriam sido sequestrados por homens não identificados, após saírem de casa à procura do marido, que teria saído cedo sem dizer aonde ia. Ainda segundo a mãe, os supostos criminosos teriam colocado ela e o bebê em um veículo, onde teriam agredido somente a criança e depois liberado os dois.

A versão, entretanto, foi desmentida pelo próprio marido quando o casal foi separado para depoimento individual. O pai contou aos policiais que perdeu a cabeça e espancou o filho porque se irritou com o choro ininterrupto da criança.

Os presos foram autuados em flagrante – o pai, pelos crimes de tortura e lesão corporal, e a mãe, por tortura por omissão. De acordo com a polícia, a situação jurídica pode se agravar caso a criança não resista aos ferimentos.

O casal permanece preso na sede da 134ª DP, onde aguardam transferência para a Audiência de Custódia. O bebê passa por uma cirurgia.

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