BC recua de minuta que previa 22% de aumento para servidores em greve
O Banco Central afirmou ter encontrado inconsistências no texto de minuta de medida provisória para a reestruturação das carreiras
atualizado
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Poucas horas após enviar proposta de reajuste a analistas e técnicos ao Ministério da Economia, o Banco Central (BC) recuou. A minuta de medida provisória (MP) enviada pela autarquia com a previsão de 22% de aumento aos servidores foi retirada do sistema.
Por meio de nota, o BC informou “ter detectado inconsistências no texto de minuta de Medida Provisória para a reestruturação das carreiras e a modernização da gestão de pessoas nesta autarquia. Por isso, fez sua retirada do Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais do Governo Federal (Sidof)”.
Os 22% estavam bem acima dos 5% prometidos pelo governo federal para todas as categorias do funcionalismo público.
A proposta que estava no sistema e foi excluída previa mudanças e reajuste salarial a valer a partir de junho. O Metrópoles teve acesso ao ponto a ponto que foi deletado. Leia:
A desistência ocorre em meio a uma greve dos servidores do Banco Central. Com adesão majoritária dos funcionários, a paralisação do BC afeta a divulgação do boletim Focus e outras atividades, como a “assinatura de processos de autorização no sistema financeiro e a realização de eventos e reuniões com o sistema financeiro”.
A greve não interfere no funcionamento do Pix, segundo o BC.
Greve
Os servidores cruzaram os braços por 19 dias em abril e aprovaram o retorno da greve no dia 29 do mesmo mês. Também estão parados os funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), em busca de reajuste salarial e reestruturação de carreiras.
O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal), Fábio Faiad, afirmou que a greve geral está mantida.
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